Mais uma vez, a desconfiança fez
com que o Índice de Confiança e Expectativas do Setor de Seguros
(ICSS), calculado a partir de pesquisa realizada
pela Fenacor, chegasse
a 65,5% em agosto. Calculado de 0 a 200, o percentual sofreu
impacto das notícias de incerteza no
mercado nacional e de possíveis novos aumentos de
impostos para cobrir o déficit orçamentário
federal.
“Na pesquisa com as 100 empresas
entrevistadas, já percebemos
os receios do setor. Futuros aumentos de
impostos também são preocupantes. Na semana passada, no momento de
coleta de dados, já houve o aumento de impostos para as
seguradoras, elevando de 15% para 20% a alíquota da Contribuição
sobre o Lucro Líquido (CSLL). Lidamos com expectativas para os
próximos seis meses. O percentual, portanto, recebe todas estas
influências”, analisa o presidente da Federação, Armando
Vergilio.
Em agosto, todos os três segmentos
da área de seguros ficaram com expectativas negativas em relação
aocrescimento da economia brasileira. 54% das
seguradoras e 66% das resseguradoras esperam piora. As corretoras
também seguem tendência de queda, mas houve melhora em relação a
julho: de 55% para 44% das entrevistadas.
Resseguradoras esperam
manter rentabilidade
As seguradoras tiveram impressões
positivas em relação a rentabilidade em
agosto: 54% delas esperam manutenção ou aumento. Este percentual é
de 53% para as resseguradoras.
Já as corretoras, que lucram apenas sobre as vendas, 61% esperam
piora. Este é um reflexo da estagnação da economia e do controle de
gastos por parte dos clientes.
Corretoras têm preocupação
com faturamento
Entre seguradoras, a maior
expectativa quanto ao faturamento é a de manutenção para 57% delas.
Para as resseguradoras, 47%. Estes são os maiores percentuais com
expectativas positivas. As corretoras seguem em alerta: 61% esperam
um cenário ruim em seus faturamentos nos próximos seis meses.