Encarregada por fiscalizar os planos de saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou ontem mais uma leva de suspensões. Desta vez foram 73 planos e de 15 operadoras que tiveram suas vendas suspensas por problemas como a falta de cumprimento de prazos e negativas indevidas de cobertura. Os serviços não poderão mais ser comercializados a partir de quinta-feira.
Entre as operadoras está a Unimed-Rio, com cerca de 170 mil usuários. Mas, segundo a agência, os três milhões de beneficiários dos planos suspensos não serão prejudicados, porque as operadoras serão obrigadas a melhorar os serviços para ter direito de conseguir novosclientes.
Além de ter a venda interrompida, as empresas que negaram indevidamente cobertura poderão ter que pagar multa que varia de R$80 mil a R$ 100 mil.
“A suspensão da comercialização de planos de saúde é uma das medidas preventivas para induzir as operadoras a melhorar a qualidade do atendimento”, declarou o diretor-presidente da ANS, José Carlos de Souza Abrahão.
A agência também anunciou que outros 52 planos que estavam interrompidos poderão voltar a ser vendidos por terem solucionado problemas apontados anteriormente.
A suspensão da comercialização dos convênios é resultado do Programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento da agência, que analisa reclamações de consumidores a respeito de eventuais irregularidades cometidas pelas operadoras. Nesta etapa do programa, que compreendeu o período de março a junho deste ano, a ANS chegou a receber 21.273 reclamações de beneficiários sobre os serviços prestados. Destas, 14.276 eram queixas referentes à cobertura assistencial.
Apesar do esforço da agência na fiscalização, 11 das 15 operadoras que tiveram seus planos suspensos agora já tinham entrado na lista de suspensão do período anterior.