Considere que o relato a seguir
demonstra uma situação que já pode ter ocorrido, que está ocorrendo
ou que poderá ocorrer...
Uma pessoa, recém admitida em uma
empresa passou a ter, pela primeira vez, uma cobertura de seguro de
vida. A princípio não deu muita importância, contudo, dividiu com
seu cônjuge o fato de poder gozar deste benefício e conversaram um
pouco sobre a importância disto para a família.
Tempos depois, tendo ido à da casa
de um amigo para ajudar na construção, um trágico acidente
envolvendo a queda de uma laje aconteceu e o segurado veio a
falecer. Um grande choque para todos.
Tomando as providências para o
enterro, o cônjuge do segurado localiza entre os documentos o
certificado de seguro e entra em contato com a empresa onde ele
havia trabalhado, a qual já tomava as providências para requerer
junto a seguradora a regulação do sinistro.
O valor do capital segurado pago ao
cônjuge sobrevivente equivaleu a cerca de dois anos de salário
bruto daquele trabalhador e, graças a isto, sua família foi poupada
das dificuldades financeiras imediatas que poderiam ser causadas
pela perda de parte da receita familiar. O seguro contribuiu
efetivamente para o reequilíbrio, gerando condições suficientes
para a família se reestruturar e seguir adiante.
Sem o apoio da instituição do
seguro, este relato poderia ter um fim bastante diferente...
Do ponto de vista social, o apoio
proporcionado pelos seguros de Riscos Pessoais tem a capacidade de
auxiliar as pessoas, no mínimo, de forma emergencial. É verdade que
no mercado securitário brasileiro, a esmagadora massa coberta (e
normalmente com pequenos capitais) é oriunda de contas
empresariais, contudo, um mercado ainda pouco explorado tem chamado
a atenção das empresas: o do Microsseguro.
É importante que ações tanto de
marketing quanto institucionais continuem sendo realizadas para
conscientização da população, de forma a desconstruir antigos
estigmas ligados aos seguros de Riscos Pessoais (como o de que
seguro de vida traz má sorte, etc), fazendo com que o bem mais
precioso de todos - a vida - seja a primeira opção a se considerar
para a contratação de um seguro, sem prejuízo de coberturas para
outras modalidades securitárias.
Considere-se, inclusive, que além
da própria e necessária cobertura de riscos, elementos de
atratividade como sorteios e serviços agregam mais valor ao seguro,
permitindo situações de utilização independente da ocorrência de
sinistros e fazendo com que a aceitação e percepção de utilidade
imediata do produto possam ser experimentadas pelos públicos que
até então não contratavam seguros.
Com a melhora progressiva da
condição econômica do país, mais e mais pessoas entram no mercado
de consumo criando novas necessidades, inclusive, a de proteção. É
nesse escopo de uma nova e mutante realidade econômica e social
que, seguradoras e corretores passam a atuar, identificando novos
nichos de mercado e adaptando e/ou criando produtos que atendam às
necessidades específicas destes consumidores, sem perder de vista
as necessárias modificações nas formas de distribuição e
cobrança.
O momento é de fusão da utilidade
social do seguro com a oportunidade econômica de geração de
receitas e toda a movimentação decorrente disto, seja em termos de
expansão da atividade securitária, seja pela geração de poupança e
distribuição de renda que esta atividade econômica sempre foi capaz
de realizar.