O ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, disse, nesta segunda-feira, 23, que “o governo tem de agir e
consolidar um novo ambiente, que são as bases para um novo ciclo de
desenvolvimento”do País. “Na nova fase de crescimento teremos
geração de tecnologia e valor agregado para o nosso mercado e o
externo”, comentou.
Segundo o ministro, o avanço
econômico do País requer três passos essenciais. O primeiro é a
“estabilidade fiscal”, que deve ajudar no financiamento da
infraestrutura. Ele destacou que a solidez das contas públicas
colabora para reduzir os juros, sobretudo a curva de longo prazo, o
que amplia a capacidade de crédito para o setor privado. Por outro
lado, também destacou que as debêntures de infraestrutura também
tem tudo para se tornarem num importante instrumento financeiro, o
que será relevante ampliação da poupança interna, o que poderia ser
bem aproveitada por fundos de pensão e seguradoras.
O segundo pilar são as ações que o
governo e do setor privado estão adotando para ampliar a
competitividade dos produtos brasileiros e elevar a sua capacidade
de exportação. O terceiro elemento é essencial é continuidade das
políticas sociais, que eleva o padrão de vida de boa parte da
população, inclusive com a melhoria do nível de escolaridade e do
conhecimento técnico, com destaque para alguns programas, como o
Bolsa Família e o Pronatec.
O ministro também destacou que a
agricultura tem sido outro fator importante que está gerando renda
e elevando o bem estar de parte significativa dos brasileiros.
“Temos confiança no que estamos fazendo. O Brasil é estável, com
segurança de adaptação e temos liberdade para avançar. Raramente há
retrocessos no Brasil, o que é mais importante para quem investe”,
destacou Levy. Ele ressaltou que o País é dinâmico, a inserção
mundial precisa ser bem analisada e o governo está disposto a “dar
passos relevantes” nessa direção. “Saber que não há guinadas
significativas, num ambiente de democracia é uma força do País”,
disse.
“Acredito mais em ter coisas
sólidas e claras do que ter grandes programas para isso. É a
estabilidade do País que fará o investimento render”, destacou
Joaquim Levy. “O importante é dar garantias para os investimentos,
seja nacional ou estrangeiro. Nos últimos 100 anos, não tivemos um
episódio sério contra o investimento estrangeiro. O ministro
ponderou que garantir a ampliação da Formação Bruta de Capital Fixo
doméstica é a “melhor proteção” para os investimentos estrangeiros.
Ele fez os comentários em palestra em São Paulo, promovida pela
Câmara do Comércio França-Brasil com empresários.