O grupo farmacêutico americano
Johnson & Johnson anunciou nesta semana ter realizado os primeiros
testes em humanos de uma possível vacina contra a febre hemorrágica
ebola, que já deixou 8.100 mortos na África. "Os primeiros
voluntários receberam sua dose inicial", disse a J&J em um
comunicado.
Estes estudos de fase I (a primeira
das três pelas quais uma vacina deve passar antes de sua
comercialização) são realizados pelo Oxford Vaccine Group da
universidade britânica de Oxford.
O grupo americano, um dos mais
avançados na luta contra o ebola, havia anunciado no fim de outubro
ter investido US$ 200 milhões para acelerar a produção da
vacina.
A pesquisa de fase I, que engloba
um número reduzido de pessoas (72 voluntários nesse caso) serve
essencialmente para verificar que uma vacina é segura e bem
tolerada. Mas a J&J não planeja se limitar a esta fase e cogita
acelerar o processo. A partir de abril a companhia deve ampliar os
estudos a um universo muito mais amplo.
Já foram produzidas mais de 400.000
doses da vacina e há previsão de fabricação de 2 milhões este ano,
o que significa uma aceleração do cronograma anunciado em outubro.
Se for necessário, o grupo disse estar em condições de elevar sua
produção a cinco milhões de doses em um prazo de 12 a 18 meses.