Após dia de instabilidade, variando
entre positivo e negativo nesta quarta-feira (10), o dólar fechou
em alta. Investidores ainda mostram dúvidas sobre o futuro do
programa de intervenções diárias do Banco Central no câmbio. À
tarde, o avanço se intensificou, refletindo o aumento da aversão ao
risco nos mercados internacionais em meio à queda dos preços do
petróleo, que levava a commodity às mínimas em cinco anos.
A moeda norte-americana subiu 0,55%
frente ao real, cotada a R$ 2,6125. Veja cotação. Este é novamente
o maior valor desde 2005, quando, no dia 18 de abril, a moeda
fechou cotada a R$ 2,6157, segundo dados do Banco Central. Nesta
semana, o dólar já havia alcançado o maior valor desde a mesma data
na segunda-feira (8), quando fechou cotado a R$ 2,6115.
Na semana e no mês, há valorização
acumulada de 0,74% e 1,59%, respectivamente. No ano, a alta é de
10,82%. "O humor lá fora piorou um pouco com essa queda dos preços
do petróleo. O investidor assustou e desmontou posições em ativos
mais arriscados, como o real", disse à Reuters o estrategista-chefe
do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.
O petróleo Brent caiu abaixo de US$
65 por barril nesta quarta-feira devido a crescentes sinais de
excesso de oferta e demanda fraca, acumulando perdas de mais de 40%
desde junho.