Segundo a proposta, tabela de próteses, órteses e
outros materiais hospitalares poderão ter preço controlado pela
Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, a CMED
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei
7579/14, do deputado Rogério Carvalho (PT-SE), que estabelece
controle sobre os preços de órteses, próteses, bolsas coletoras,
equipamentos e materiais relacionados à prestação de serviços
médicos e hospitalares. Segundo a proposta, os preços serão
definidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos
(CMED), que vai definir um valor máximo, como já ocorre com os
remédios.
As órteses são dispositivos que
compensam insuficiências de órgãos, membros ou tecidos, como os
óculos de grau. Já as próteses substituem total ou parcialmente
órgãos, membros ou tecidos.
Pelo projeto, a CMED também ganhará
poderes regulatórios sobre o mercado de órteses, próteses, bolsas
coletoras e equipamentos de saúde e hospitalares. Além de fixar os
preços e critérios para reajustes, o órgão deverá monitorar o
mercado, exigindo das empresas dados sobre produção, insumos,
matérias primas, vendas e outros dados que considerar necessário.
Também poderá opinar sobre a tributação do setor e propor mudanças
legislativas que beneficiem o mercado de produtos para a
saúde.
O autor argumenta que os produtos não
são acessíveis. Ele ressalta que vários países, como Estados
Unidos, Austrália e Japão, já exercem algum tipo de controle de
preço sobre esses produtos, considerados “produtos sociais e
politicamente sensíveis”.
“As empresas hoje podem aumentar e
manter os preços acima da concorrência, inclusive, com diferenças
injustificadas de preços entre regiões e até entre cidades
vizinhas”, disse.
O projeto tramita em caráter
conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Defesa do
Consumidor; Seguridade Social e Família; Desenvolvimento Econômico,
Indústria e Comércio e Constituição e Justiça e de
Cidadania.
A íntegra da proposta pode ser
lida no
site da Câmara.