Exportações avançaram e importações recuaram.
Para ABIIS, crescimento de 3,74% (ou 3,2 mil novos empregos)
acontece em momento atribulado
Dados
da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS)
revelaram que o primeiro semestre de 2014 registrou crescimento de
3,74% no volume de empregos no setor, se comparado ao mesmo período
de 2013. A entidade reúne associações como a Câmara Brasileira de
Diagnóstico Laboratorial (CBDL), a Associação Brasileira da
Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e
Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed) e a Associação Brasileira
dos Importadores e Distribuidores de Implantes
(Abraidi).
Foram gerados 3.231 novos empregos
nas atividades industriais e comerciais do segmento de materiais e
equipamentos para medicina e diagnóstico, totalizando 131.941
empregados. Entre as áreas responsáveis pelo maior número de
empregos gerados destacam-se a de comércio atacadista de
instrumentos e materiais para uso médico, cirúrgico, ortopédico e
odontológico.
Também foi positivo o crescimento de
empregos computado entre julho de 2013 a julho de 2014, atingindo o
patamar de 5,29%, em comparação com igual período
mensurado.
No que diz respeito às exportações
totais de materiais e equipamentos para medicina e diagnóstico, o
crescimento foi de 8,04% em relação ao primeiro semestre de 2013,
alcançando um volume de US$ 472,4 milhões. No mesmo período, as
importações tiveram um recuo de 1,35%, totalizando o valor de US$
3,4 bilhões.
Preços
Neste primeiro semestre, os preços de
hospitalização e cirurgia tiveram um incremento de 4,45%, reajuste
superior ao IPCA, que alcançou a marca de 3,75%, em relação à mesma
época anterior. Se comparados os números de 12 meses, também são
esses dois serviços – hospitalização e cirurgia - que tiveram o
maior reajuste, de 7,84%.
Na avaliação do presidente da ABIIS,
Carlos Eduardo Gouvêa, os resultados indicam que o setor continua
crescendo. Diferente dos últimos anos, no entanto, o resultado pode
ser atribuído à especificidade do ano de 2014, com Copa do Mundo e
eleições, que afetaram o ambiente de negócios
internos.
Assim, procedimentos que demandavam
um planejamento, como as cirurgias eletivas, por exemplo, foram
deixados para depois, segundo Gouvêa, que aposta no potencial dos
produtos brasileiros para saúde quanto às exportações. O executivo
aposta em um ambiente “ainda mais desafiador” no segundo semestre,
devido ao processo eleitoral, que coíbe as compras públicas – mas
que também colocam a pauta Saúde no centro dos
holofotes.