Companhia espera crescer dois dígitos com
produção local e oferta de serviços em Jundiaí (SP). Mercado de
Saúde é um dos próximos alvos
A Datalogic, especializada em captura de dados e
automação industrial, inaugura nesta quarta-feira (23) sua operação
de produção local, com instalação de sua primeira fábrica na
América Latina, localizada em Jundiaí (SP). Fruto do investimento
inicial de US$ 2 milhões, que também incluiu a expansão de seu
escritório localizado na capital paulista, o projeto faz parte dos
planos de crescimento da fabricante de leitores e sensores de
códigos de barras para os principais mercados emergentes, que além
do Brasil contempla países como China, Índia e Turquia,
Rússia.
Com instalação da fábrica, a
Datalogic oferecer também serviço de suporte, anteriormente
realizado por meio de parcerias. “Esperamos crescer dois dígitos
nos próximos 3 a 5 anos, agora que temos a manufatura local de
produtos, oferta de serviços, capacidade de expandir nossos canais
e nossa logística”, projeta David Suarez, vice-presidente de vendas
para Américas. “Acreditamos que e agora vamos ter a presença certa
num mercado de grande potencial e esperamos ser o maior player em 5
anos”, afirma.
Dessa maneira, a expectativa é manter
e reforçar a atuação nos principais mercados varejistas e ganhar
força em outros mercados, como manufatura, transporte e logística e
saúde. “Estamos presentes em 19 de 20 das principais redes
varejistas brasileiras e, com a operação de fábrica e apoio dos
produtos que estamos trazendo, pretendemos entrar nessas novas
verticais e também chegar nos pequenos e médios varejistas através
de preços mais competitivos”, acrescenta.
Etapas e produtos
Inicialmente, serão produzidos quatro
produtos de diferentes linhas em Jundiaí: dois leitores de código
de barra de mão, um leitor fixo e um coletor de dados. Um desses
leitores traz um preço de entrada, focado no atendimento de pequeno
varejistas, através do qual a empresa planeja ganhar escala e
competitividade. “Além disso, com o leitor 2D, pretendemos atender
não só o pequeno e médio varejo, mas vemos oportunidades como no
setor de saúde a partir da regulamentação da Anvisa para controle
de medicamentos”, destaca o gerente geral para o Brasil, Fábio
Lopez.
Além desse portfólio, a empresa
espera ganhar novos clientes com a oferta de produtos importados,
graças aos serviços de suporte técnico. Uma das apostas é o Jade,
sistema de leitura automática de produtos por tecnologia de imagem
que consegue escanear de 60 a 100 produtos por minutos, e já está
sendo apresentada a alguns clientes. A expectativa é de fechar
novos negócios já nos próximos seis meses, comenta o
vice-presidente David Suarez.
As vendas no país são feitas
integralmente através de canais parceiros, incluindo grandes
integradores, distribuidores e revendedores, o que vai será
mantido. Contudo, a empresa lança em outubro seu novo programa de
canais, anunciado globalmente em agosto, por meio do qual pretende
expandir sua rede de parcerias.
“No ano passado, o varejo completou
uma década de crescimento consecutivo no Brasil. Este ano, apesar
de previsões de economia e PIB não serem altas, o setor de varejo
de alimentos apresenta um crescimento acima de 5%, o que mostra um
mercado interno robusto”, enfatiza Fábio Lopez. “Nossa atuação
dentro do varejo está na cadeia de produtividade, desde de levar
agilidade no check-out e permitir a redução de filas, gestão de
produtos e logística e esperamos manter nossa atuação com os
scanners no varejo e aumentar nossa presença com o portfólio
produzido internamente”, conclui.