Atualmente
proibida no País, a substância canabidiol, derivada da maconha,
gerou melhora no quadro de crises convulsivas de uma menina de
cinco anos
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta
sexta-feira (16) que está discutindo o reenquadramento da
substância canabidiol, derivada da maconha e que atualmente integra
a lista de substâncias proibidas no País.
“Um
novo enquadramento seria necessariamente para uma categoria de
produto controlado, semelhante à que já se adota para outros
medicamentos de uso controlado no País”, informou a agência, por
meio de nota.
Ainda
de acordo com a Anvisa, o tema será debatido e deliberado pela
diretoria colegiada em reunião pública. A próxima reunião está
prevista para acontecer no dia 29 de maio.
O
assunto ganhou repercussão depois que o juiz Bruno César Bandeira
Apolinário, da 3ª Vara Federal do Distrito Federal, autorizou uma
mãe a importar um remédio com princípio ativo do canabidiol. O
medicamento não tem venda permitida no Brasil e era importado
ilegalmente por Katiele Fischer para tratar crises convulsivas da
filha de 5 anos.
Com
base na melhora da menina com o tratamento alternativo e com o aval
dos médicos, o magistrado decidiu proibir a Anvisa de impedir a
importação do medicamento, mas destacou que a decisão vale apenas
para o caso da família Fisher.