Apesar de causar desconforto
estético, problema não interfere na circulação
As telangectasias, conhecidas como vasinhos, são muito comuns entre
as mulheres. O seu surgimento está associado a problemas na
circulação venosa, mas também podem ser desencadeados pelo
sedentarismo, gravidez, predisposição genética e obesidade. A boa
notícia é que os vasinhos podem ser tratados.
— As telangiectasias costumam aparecer em diferentes locais do
corpo: face, colo, seios, abdômen, costas, pernas e pés. Elas não
interferem na circulação sanguínea e também não causam problemas
mais sérios de saúde. O principal desconforto é mesmo estético —
afirma o cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de
Laser em Medicina e Cirurgia (SBLMC), Fernando Bacalhau.
Boa parte das mulheres convive com os vasinhos, afinal, eles são
indolores. Mas alguns casos podem apresentar sintomas, o que merece
uma investigação.
— Nos casos esporádicos, as telangectasias podem apresentar
ondulações azuladas nos tornozelos e pés, e pequenas veias podem se
romper, provocando um sangramento ou até mesmo feridas. Se isso
acontecer, procure o médico para que seja feito um diagnóstico —
explica o cirurgião vascular.
Microvarizes ou telangiectasias?
Segundo o especialista, muitas pessoas confundem as telangiectasias
com as microvarizes, mas existe uma grande diferença entre
eles.
— As microvarizes são pequenos vasos dilatados, tortuosos e que
medem de 2 e 5 mm. Na maioria das vezes estão associadas a varizes
e aos vasinhos. Já as telangiectasias são dilatações de capilares,
artérias ou veias menores do que 2 mm de calibre. Eles são
conhecidos como "aranhas vasculares", pelos vasos serem muito finos
e gerarem uma ramificação — esclarece.
Tratamento
As telangiectasias podem ser tratados com uma técnica chamada
escleroterapia. Um líquido é injetado dentro dos vasinhos, causando
a destruição da camada mais interna e impedindo que o sangue
circule pelos vasos. É uma técnica é minimamente invasiva, segundo
Bacalhau.
A escleroterapia é realizada pelo cirurgião vascular, que é o
profissional mais indicado para dizer quais vasinhos devem ser
tratados por esse método. Na maioria dos casos, a escleroterapia
elimina 50 a 80% dos vasinhos após algumas sessões.
Para os vasinhos de calibre maior e coloração azulada é necessário
um tratamento cirúrgico. Para um melhor resultado, essas veias
precisam ser removidas antes da escleroterapia.