A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) desistiu por um
tempo da disputa judicial e liberou, nesta terça-feira (3), a venda
de 246 planos de saúde que estavam suspensos.
A ANS tentou por diversas vezes suspender a venda de novos planos
enquanto não fossem corrigidos alguns problemas. Mas as empresas
conseguiram derrubar essa decisão na Justiça.
Depois de um vaivém, os planos estavam novamente suspensos, mas, na
sexta-feira da semana passada (30/8), a Justiça liberou de novo as
vendas.
A ANS decidiu então aceitar a liberação por enquanto. A agência diz
que está estudando formas de fazer valer a suspensão de maneira
consistente.
A trégua foi anunciada depois que essa nova liminar do Tribunal
Regional Federal de São Paulo (TRF-SP), na sexta-feira, permitiu
que os planos voltassem a vender.
Suspensão tem gerado discussões na Justiça
A suspensão de mais de 246 planos foi anunciada pela ANS no mês
passado e tem gerado diversas discussões na Justiça. Foram punidos
os planos que não cumpriram prazos máximos para marcação de
consultas, exames e cirurgias ou que negaram cobertura a
beneficiários.
A Abramge questionou a decisão da ANS por considerar que as normas
que regulam a suspensão da venda dos planos não permitem defesa às
operadoras. A associação pede uma discussão sobre os critérios
legais, estatísticos e técnicos usados pela ANS.
Antes, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) também
tinha ingressado com ação judicial contra a decisão da ANS,
alegando que identificou "equívocos no processo de monitoramento
dos prazos de atendimento aos beneficiários de planos".
A Justiça Federal determinou que a ANS recalculasse as reclamações
e a agência chegou a suspender, também naquela ocasião, a vigência
da lista. Dias depois, a suspensão foi retomada.