A contratação de um plano de saúde
individual está, a cada dia, mais difícil para o consumidor
brasileiro, em especial, se esta pessoa estiver acima dos 60 anos.
Isso porque a cada dia mais empresas deixam de comercializar este
produto, a exemplo da Sul América e da Bradesco Saúde. Nas poucas
empresas que ainda oferecem o serviço, o plano básico que custa em
média R$ 300 para um consumidor na faixa dos 30 anos, passa para R$
1.200 para um cliente acima dos 60 anos.
O presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros da Bahia,
George Carneiro, comenta que as empresas que oferecem seguros
preferem comercializar os planos empresariais, que não têm
reajustes regulados pela Agência Nacional de Saúde Complementar
(ANS). De acordo com ele, este não é um evento recente, esta
tendência vem sendo seguida pelas empresas desde a criação da
agência reguladora, em 1999. “A ANS engessou os produtos e as
empresas desistiram de comercializa-lo”, disse.
"Fiz uma cotação de preços para a contratação de um plano de
saúde individual para a minha esposa e só encontrei duas empresas
que oferecem o serviço na Bahia", comentou o superintendente
comercial Manoel Henrique Correia Villela. Ainda assim, ele reclama
sobre o alto preço do plano contratado. "Tenho 36 anos, e sou
cliente de um plano empresarial que custa R$ 145 por mês, minha
esposa tem 28 anos, e a mensalidade do plano individual dela é de
R$ 267", compara.
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