Odeputado Allan Garcês
(PP-MA) apresentou projeto de lei que garante
a todo titular de plano individual ou
familiar, o direito de receber da operadora ou seguradora,
obrigatoriamente, quando de sua inscrição uma cópia do
contrato, do regulamento ou
das condições gerais dos produtos, além
de material explicativo que descreva, em
linguagem simples e precisa, todas as suas características,
direitos e obrigações.
Além disso, deverá ser entregue
uma carteira física para utilização do plano
como forma alternativa de identificação quando houver falha ou
impossibilidade de acesso às plataformas digitais. O autor do
projeto argumenta:
“Aproposta visa assegurar a utilização de uma alternativa
física para identificação de beneficiários de planos de saúde que
exigem aplicativos ou tokens digitais para acesso a seus serviços.
Este projeto é fundamentado na necessidade de garantir a proteção
dos direitos dos consumidores de planos de saúde em todo o
território nacional, e busca harmonizar a legislação com os
princípios estabelecidos pela Constituição Federal, pelo Código de
Defesa do Consumidor e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS).”
Ele acrescenta que
a Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS) já possui
regulamentações que permitem a impressão de informações cadastrais
quando solicitado pelo segurado, o que demonstra a adequação da
norma federal à necessidade de alternativas físicas em casos de
falhas nos sistemas digitais visto que a introdução de normas
estaduais divergentes pode criar um ambiente jurídico conflitante,
prejudicando a uniformidade e a eficiência no setor.
O deputado ressalta, contudo, que
esse direito não tem sido aplicado efetivamente, pelas empresas de
planos de saúde, em benefício dos consumidores. “O
projeto de lei que institui a aceitação de uma carteira física como
alternativa de identificação para planos de saúde é crucial para
promover a inclusão das populações mais carentes. Um estudo recente
destacou a persistência das desigualdades no acesso à tecnologia e
a necessidade urgente de garantir acesso equitativo”, pondera
o parlamentar.