Na última 6ª feira (25.nov), as
entidades acionaram o MP (Ministério Público) e o TCU (Tribunal de
Contas da União) para investigarem “a desproporcionalidade dos
valores apurados”, afirmou o presidente da Anapetro, Mário Dal
Zot.
“A diferença astronômica é de ser
questionada pelo Tribunal de Contas da União, uma vez que há fortes
suspeitas de dilapidação do patrimônio público, dado que a
controladora da Petrobrás é a União”, diz o requerimento
protocolado no TCU.
Segundo a FUP, as informações serão
levadas ao governo de transição nesta 2ª feira (28.nov), para
constarem no relatório elaborado pelo grupo técnico de Minas e
Energia.
A Reman foi vendida em 2021 ao
grupo Atem, com aval regulatório em agosto de 2022 e previsão de
fechamento da transação no próximo dia 30. Segundo as entidades, o
seguro para a refinaria tem vigência entre 30 de novembro de 2021 e
31 de maio de 2024.
A SIX foi vendida à empresa
canadense Forbes & Manhattan em 2021. Já a Rlam foi a 1ª refinaria
privatizada pela Petrobras, em 2021, ao fundo árabe Mubadala. As
unidades fazem parte do pacote de 8 refinarias que devem ser
vendidas pela Petrobras, conforme acordo assinado com o Cade
(Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em 2019.
Procurada pelo Poder360, a
Petrobras disse que “não contrata (nem contratou) seguros para
ativos que não seus”. Segundo a estatal, na data em que um ativo é
transferido, a responsabilidade passa a ser do novo dono.
“Nesta mesma data a Petrobras avisa
à seguradora sobre o fechamento da operação (closing), e solicita a
sua retirada da lista de ativos segurados pela Companhia. No caso
de uma alienação prevista, mas ainda sem o fechamento ocorrido, o
ativo continua segurado pela Petrobras até sua efetiva
transferência”, disse.
De acordo com a Petrobras, o valor
de um ativo para seguro tem base no “valor de reposição”, que tem
metodologia diferente do valor econômico de um ativo. Por isso,
segundo a estatal, o valor dos seguros é maior que o preço de
venda.