A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) propôs aos candidatos à presidência do País que seja incentivada a oferta de seguros paramétricos. De acordo com a proposta, o produto pode ser ofertado em parceria entre o setor privado e o poder público, “tendo em vista que esse tipo de seguro é um importante apoio financeiro às vítimas de catástrofes naturais”.

A proposta integra o documento que está sendo entregue pela CNseg aos candidatos à presidência nas eleições 2022.

Outra proposta importante é referente aos riscos climáticos. A CNseg sugere que seja feito um maior investimento em instituições que realizam monitoramento de dados e de informações sobre riscos socioambientais e climáticos. “A carência de monitoramento apurado e de dados de bases oficiais enfraquece a atuação preventiva do poder público, além de limitar atuação mais proativa de instituições privadas”, argumenta a entidade.
A CNseg propõe ainda um seguro para população vivendo em áreas de risco, “criando uma proteção para uma das camadas menos favorecidas da população, que são as mais expostas a esses riscos”.

A entidade sugere ainda a ampliação dos planos de previdência privada oferecidos pelos empregadores em favor de seus colaboradores, através de incentivos para que as pessoas jurídicas que não apuram o imposto de renda pelo lucro real contratem planos em favor de seus colaboradores. “Essa proposta é relevante para ajudar o trabalhador a constituir poupança previdenciária”, argumenta a CNseg.

Segundo o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, parcela importante da população ainda continua à margem da proteção oferecida pelo setor de seguros privados, contando tão somente com a rede de proteção do Estado, que por mais ampla que seja, não consegue atender a todos de forma eficiente. “A função social do seguro teve sua expressão máxima com a assistência a mais de 170 mil famílias, afetadas pela Covid-19, com recursos superiores a R$ 6,5 bilhões referentes a eventos não cobertos pelos contratos de seguros. Um esforço que somente empresas sólidas e cientes do seu papel perante a sociedade poderiam realizar”, afirma Oliveira.