Convidado do CCS-SP no almoço
exclusivo para associados, Boris Ber elencou pontos que merecem a
atenção dos profissionais
A corretagem de seguros também está
enfrentando os impactos da crise econômica. Os desafios vão desde a
alta sinistralidade e o aumento de preços dos seguros até a
dificuldade em encontrar mão de obra. Estas e outras questões foram
analisadas pelo presidente do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores
de Seguros de São Paulo), Boris Ber, durante almoço
do CCS-SP (Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo),
exclusivo para associados, realizado no dia 12 de julho, no Terraço
Itália. No evento, ele também propôs algumas ações para superar os
desafios atuais.
A palestra de Ber foi precedida
pela apresentação de dois novos associados. Evaristo José Almeida
de Moura foi apresentado pelo secretário do CCS-SP Álvaro Fonseca e
pelo associado Eduardo Minc. Ivone Arello Barbosa, viúva do saudoso
ex-mentor Nilson Arello Barbosa, foi apresentada por Braz Romildo e
pelo mentor Evaldir Barboza de Paula. Em seguida, o ex-mentor e
fundador do Clube, Henrique Elias, compartilhou com os demais
associados sua experiência na conquista de novos clientes durante a
pandemia.
Pontos de atenção
Ber apresentou situações que estão
afetando o bom desempenho dos corretores de seguros no dia a dia,
como a dificuldade com mão de obra qualificada no setor, a alta
sinistralidade, o aumento do preço do seguro, o retorno das
empresas no pós-pandemia, os obstáculos na aceitação de riscos, os
serviços de assistência 24 horas, entre outros.
Em relação à volta das visitas
presenciais, a avaliação do presidente do Sincor-SP é que o cliente
deseja o reencontro. Também preocupa, segundo ele, o aumento de
preços dos seguros e a alta sinistralidade. “Entendo que muitas
seguradoras tiveram prejuízo, mas como explicar para o cliente o
seguro, às vezes, pelo dobro do preço na renovação? Precisamos
estar preparados”, disse.
A dificuldade atual de colocação de
resseguros e a falta de aceitação de riscos por resseguradoras
também está impactando a corretagem de seguros. De acordo com Ber,
de um ano para o outro muitas resseguradora deixaram de aceitar
alguns riscos, tanto grandes como pequenos. “No sindicato,
recebemos diariamente pedidos de ajuda dos corretores. Fizemos
reuniões com o setor, mas, como estão enfrentando alta
sinistralidade, não há solução no curto prazo”, afirmou.
O problema recorrente no
pós-pandemia das falhas na prestação de serviços das assistências
24 horas também entrou para lista de Ber. As razões para a crise no
segmento, segundo ele, vão desde a falência de prestadores de
serviços no período da pandemia até a alta do diesel. “Creio que em
um ano a situação volte ao normal. É uma crise, vai passar”,
disse.
As fusões, aquisições e a venda de
carteiras inteiras no segmento das seguradoras estão afetando os
negócios dos corretores. O presidente do Sincor-SP observou que a
concentração de mercado está exaurindo as opções de seguradoras por
segmento. “Afunilou. Hoje, o corretor não consegue mais fazer
aqueles acordos por resultado de produção e isso preocupa”,
disse.
Caminhos para o corretor
Ber garantiu que todos os desafios
atuais são tratados como prioridades pelo Sincor-SP, que dispõe,
inclusive, de um canal para atendimento, o Disque Sincor, cujo
resultado atingiu mais de 70% de resolução. Mas, o corretor,
individualmente, pode adotar algumas ações. Uma delas, segundo o
dirigente, é escolher melhor os parceiros e trabalhar com menos
seguradoras, dada a dificuldade para acompanhar as condições de
cada uma.
Outra medida indicada por Boris Ber
é a modernização da corretora. “Quem não tiver um cálculo, um
modelo de gestão e o controle de sua corretora está com a
morte anunciada. Não existe mais espaço para quem não se
modernizar”, disse. Também é importante, segundo ele, manter o foco
no resultado da corretora. Vale, ainda, prestar atenção nos novos
produtos. “Não faltam informações nos eventos, jornais e outras
mídias”, afirmou.
Próximo encontro
O mentor Evaldir Barboza de Paula
elogiou o conteúdo apresentado por Ber e por Henrique Elias,
destacando que ambos os ex-mentores são Prata da Casa, referindo-se
ao projeto de sua gestão que valoriza os talentos do Clube.
“Estamos aqui para debater e buscar soluções, com competência”,
disse. Ele aproveitou a oportunidade para divulgar o próximo
almoço, que será no dia 2 de agosto, com a participação da Allianz
Seguros, ocasião em que haverá, também, a apresentação das chapas
concorrentes à eleição de nova diretoria no CCS-SP para a gestão
2022/2024.