De janeiro a setembro, o mercado de
Capitalização cresceu 5,65% sobre igual período de 2020, com
receitas que totalizaram R$ 18 bilhões. Para a FenaCap (Federação
Nacional de Capitalização), o resultado ainda não permite
comemoração em razão do impacto econômico que a pandemia da
Covid-19 provocou na renda dos brasileiros, mas já é possível
projetar um resultado positivopara 2021.
Por regiões, o Centro-Oeste
apresentou maior crescimento (15,2%), seguido do Norte (6,2%),
Sudeste (5,6%), Nordeste (3,5%) e Sul (2,5%). As reservas técnicas,
que medem a robustez financeira do setor, totalizaram R$ 33
bilhões, alta de 3%. Mesmo diante de tamanha crise, os resgates se
mantiveram estáveis: R$ 14,6 bilhões, alta de 8,3% sobre igual
período do ano passado.
Marcelo Farinha, presidente da
FenaCap, explica que o setor tem uma grande capacidade de se
acoplar a outros produtos e mercados. “Essa migração do setor para
fora do balcão bancário abriu uma nova perspectiva de mercado,
inclusive para corretores de seguros. Somos capazes de atender às
demandas de praticamente todos os segmentos de negócios”,
complementa.
Outro ponto importante verificado
no período foi o aumento nos recursos pagos em sorteios, um
relevante incremento e injeção de recursos à economia, cujo
montante superou R$ 999 milhões, alta de 34% em relação
ao registrado de janeiro a setembro de 2020.
Os títulos tradicionais de
Capitalização continuam liderando as vendas, com 71% da
receita, seguidos pela modalidade de Filantropia
Premiável (13%), Instrumento de Garantia (12%), Incentivo
(3%). Popular e Compra Programada somam o 1% restante.
Destaque novamente para a Filantropia Premiável, que apresentou
alta de 67,4% em comparação a janeiro/setembro do ano
anterior.
Nos títulos de Filantropia
Premiável, o consumidor cede o direito de resgate de sua reserva
para uma instituição previamente credenciada pelas empresas de
Capitalização, permanecendo com o direito de concorrer a
prêmios. Nestes nove meses de 2021, esses produtos
contribuíram com um apoio de mais de R$ 950 milhões às
entidades que realizam ações voltadas ao trabalho social.