A
Consulta Pública 016/21 – já encerrada pela Susep propõe algumas
mudanças no ramo do seguro de automóvel. Entre elas está a
utilização de peças usadas. De acordo com o quadro comparativo
disponibilizado pela autarquia, a utilização de peças usadas na
recuperação de veículos sinistrados com cobertura securitária
somente será permitida quando atenderem aos requisitos de origem,
às exigências técnicas necessárias para sua reutilização, nos
termos das normas do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, e às
demais condições impostas pela Lei n.º 12.977, de 20 de maio de
2014.
Em
entrevista ao CQCS, o professor Sergio Ricardo explicou que a
questão das peças usadas vão seguir critérios muito rígidos e que
há muito tempo as seguradoras falam sobre isso. “Todas as peças vão
ser testadas e atestadas por organismos, as acreditadoras, de forma
que elas possam ser utilizadas”.
Sergio também explicou que muitas das vezes, as peças de veículo
zero km que teve perda total estão em perfeito estado de uso. “Um
exemplo: se tem uma chuva de granizo em um pátio de uma
concessionária, peças como motor, as molas, os amortecedores estão
novas, porque nunca foram utilizadas”.
Ainda de acordo com o professor, com isso, os consumidores terão
uma opção de contratação de seguro que caiba melhor no bolso,
sabendo que na hora de uma reposição, irá ter uma peça “usada”.
Isso
também pode significar uma outra vantagem, que é a ampliação da
idade de alguns veículos segurados, que é uma coisa relevante. “Às
vezes as companhias evitam fazer seguro de alguns carros porque
sabem que terão dificuldade em encontrar peças que possam ser
usadas após um sinistro, então essa possibilidade abre um mercado
para carros mais antigos”.