Em post, o especialista
chama atenção dos gestores sobre como utilizar sites de
relacionamento e obter resultados satisfatórios
Atualmente há uma profusão de informações em saúde que chegam às
pessoas através de inúmeros canais – televisão, jornais, revistas e
o indefectível “Dr. Google”. No entanto, com freqüência, há
informações sem embasamento científico, que trazem confusão ou que
não propiciam a adoção de estilos de vida saudáveis ou não oferecem
pistas seguras para que as pessoas melhorem seu nível de saúde.
Neste contexto, muitos autores têm proposto o uso de mídias sociais
como canal de comunicação em saúde.
No entanto, para o seu uso devemos considerar o público-alvo,
particularmente no que se refere a nível de escolaridade, idade,
gênero e facilidade de acesso e conexão com a internet. Segundo
dados do segundo semestre de 2011 apresentados pelo IBOPE NIELSEN
mostram que 77,8 milhões de brasileiros acessam a internet. Ou
seja, a maior parte da população não faz uso habitual desta
mídia.
O Center of Disease Control (CDC) dos Estados Unidos propôs 12
sugestões para os gestores que desejam utilizar as mídias sociais
em seus programas:
- faça escolhas estratégicas baseadas no perfil da audiência e
seus objetivos de comunicação
- “Vá onde as pessoas estão” de acordo estudos estatísticos e
demográficos. Devemos lembrar que há grande diferenças no uso e
acesso à internet nas diferentes regiões do Brasil e entre as
classes sociais.
- “Adote recursos de baixo-risco” como vídeos e “podcasts”
- “Tenha certeza de que as mensagens tenham embasamento
científico” garantindo consistência e acurácia das informações. É
importante resistir à tentação de simplesmente reproduzir textos
encontrados na internet.
- “Crie conteúdos dissemináveis” – como vídeos on line que podem
facilmente ser compartilhados. Este material deve ser “leve” e de
boa qualidade.
- “ Facilite a disseminação viral das informações” – através de
sites como Facebook e YouTube.
- “Estimule a participação” especialmente através da comunicação
de duas vias
- “Influencie as redes” – em mídias como Facebook ou Orkut
onde muitos do seu público-alvo podem ter mais de 100 “amigos”
- “Ofereça múltiplos formatos” para facilitar o acesso, reforçar
as mensagens e propiciar alternativas para interação
- “Considere os celulares” pois a grande maioria da população
utiliza estes equipamentos. Pesquisa feita pela F/Nazca e Datafolha
no segundo semestre de 2011 constatou que 29,5 milhões de
brasileiros com mais de 12 anos costumam se conectar á internet por
meio de dispositivos móveis.
- “tenha metas realistas” pois, isoladamente, as midias sociais
tem efeito limitado na mudança de comportamento
- . “Aprenda das métricas e avalie os esforços” pois isso é uma
vantagem da comunicação digital.
Os profissionais de saúde
corporativa precisam, gradualmente, ter mais contato e aprender a
usar as mídias sociais e saber como gerenciá-las. Naturalmente será
um processo gradual e não se devem ter expectativas exageradas. De
acordo com uma pesquisa da consultoria Forrester Research sobre o
uso de mídias sociais divulgada na edição de 23 de janeiro de 2012
na Folha de São Paulo, só um terço dos americanos e europeus
atualiza seus perfis em redes sociais, Twitter inclusive, toda
semana. A maioria das pessoas são “espectadores”. Neste contexto,
seria importante priorizar conteúdos que as pessoas possam
simplesmente ver ou ler e não esperar muita interação. Aliás, este
é o comportamento que frequentemente observamos também em redes
como o Linkedin onde as pessoas fazem conexões, mas raramente
interagem ou realizam posts com informações ou comentários.