Estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) fez um panorama da saúde suplementar no país
Apenas 10% dos brasileiros consideram justos os valores das mensalidades cobrados pelos planos de saúde, de acordo com o Raio X da Saúde Suplementar no Brasil, realizado pelo Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Judiciário – FGV Justiça. Na avaliação dos produtos e serviços oferecidos pelos planos, 48% consideram que os valores das mensalidades são muito altos e 36% que são altos.
A percepção de que os preços praticados pelos planos são muito altos é de 51% para usuários e 46% para não usuários de planos. Entre os que têm contratos individuais e coletivos, a proporção é parecida: 55% e 47%, respectivamente.
A maioria reclama dos reajustes das mensalidades: para 64%, eles são “inadequados”, mas 24% consideram como “adequados”. Os clientes de planos individuais mostram ter mais motivos para avaliar como negativos os reajustes (68% consideram os reajustes inadequados), em relação aos que têm planos coletivos/empresariais (63%).
Nível de satisfação
De acordo com o estudo, a média de satisfação com os planos de saúde ficou em 7,7. A região Norte tem a maior média (8,0), seguida do Nordeste (7,9), Sul (7,9) Sudeste (7,7) e Centro-Oeste (7,4).
O ranking de aspectos negativos traz o valor das mensalidades em primeiro lugar (27%), seguido da qualidade dos serviços (8%), e custo-benefício, coberturas, qualidade dos profissionais de saúde, tempo de carência, atendimento presencial (empatados com 6%).
Confiam pouco ou não confiam no setor de saúde suplementar e planos de saúde 55% dos entrevistados, contra 42% que confiam ou confiam muito. A confiança é maior nas faixas de escolaridade e renda mais altas (ensino superior: 49%; renda acima de cinco salários mínimos: 49%). Já a desconfiança chega a 60% na faixa de quem 60 anos ou mais.