A Associação Internacional de Direto
de Seguros (AIDA) organizou um debate para discutir um dos assuntos
mais comentados nos últimos tempos: Os Riscos Cibernéticos e a
Responsabilidade Civil. O evento aconteceu no dia 31 de maio e
atingiu a lotação máxima do auditório do Sindseg-SP, em São
Paulo.
O objetivo da discussão foi apresentar
os principais riscos e como eles aparecem no dia a dia. “Os ataques
cibernéticos há alguns anos eram completamente diferentes, eles
buscavam paralisar a operação e até atrapalhar a vida do usuário,
poderiam até gerar problemas, porém eram mais fáceis de serem
resolvidos”, explica Fernando Carbone. Segundo a Dra. Mariana
Ortiz, hoje, quando a empresa tem a base de dados sequestrada, o
hacker exige pagamentos em bitcoins para que os dados da empresas
não sejam divulgados ao mercado.
“Percebemos nos últimos meses a
importância de estudar o assunto sobre o prisma da Responsabilidade
Civil, pois muitas das tentativas de ataques levaram a perdas
significativas ligadas a terceiros”, afirma Sergio Barroso Ruy de
Mello, presidente do GNT de RC e Seguro.
Segundo a Dra. Mariana Menescal,
atualmente há um cenário legal ainda indefinido. O marco civil foi
aprovado em 2014, mas por outro lado os casos chegam poucos aos
tribunais, o próprio marco civil estabelece direitos e obrigações,
mas ele não vai mais fundo, principalmente na questão de proteção
de dados. “Em relação ao seguro, é algo que ainda está em
desenvolvimento, os produtos são novos no mercado brasileiro, o
mais antigo não chega a mais de três anos. Espero que isso evolua
bastante e que esse tem seja cada vez mais discutido para
atingirmos um nível de maturidade melh or”, conclui Menescal.
“O Grupo de Novas Tecnologias tem uma
importância enorme no momento que estamos vivendo, pois o futuro já
chegou e está em todas as áreas de nossas vidas. Para o seguro, é
mais um espaço a ser ocupado com o aperfeiçoamento do Seguro
Cibernético”, conclui Glória Faria, presidente do GNT de Novas
Tecnologias e Consultora Jurídica da CNseg.