A maioria dos anestesistas não são
credenciados pelos planos de saúde, de acordo com o diretor
financeiro da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado
do Rio de Janeiro (Coopanest-Rio), Dr. Luiz Fernando
Falbermann.
Motivo
Após uma tabela de honorários médicos
implementada em 1985, os profissionais firmaram o acordo de não se
credenciarem com nenhum plano de saúde devido a remuneração
baixa.
O procedimento adotado pela maioria
dos anestesistas é fazer a cobrança pelo serviço de forma
particular e emitir um recibo ao paciente, para que ele solicite o
reembolso depois.
Caso o médico seja conveniado com a
cooperativa, e esta a um plano de saúde, o valor será direcionado à
cooperativa e depois repassada ao anestesista, já descontado os
impostos e taxas.
Foi o caso da pensionista Maria José
dos Santos, de 80 anos, quando foi surpreendida com a notícia de
que deveria trocar o marcapasso cardíaco três anos antes da data
prevista.
E maior surpresa ela teve quando teve
que desembolsar um valor à parte para o anestesiologista, que
cobrou duas vezes mais do que o reembolso que ela teve do seu plano
de saúde.
A situação é comum no Rio de Janeiro,
de pacientes pagarem do próprio bolso aos profissionais
anestesistas, além do plano de saúde por falta de convênio entre
eles, já que pouquíssimos são conveniados com aos planos.
De acordo com a ANS (Agência Nacional
de Saúde Suplementar), os valores cobrados por anestesistas têm
coberturas garantidas obrigatórias no Rol de Procedimentos e
Eventos em Saúde da ANS.
Os planos que cobrem os procedimentos
devem disponibilizar quais são os hospitais e anestesistas
credenciados para o paciente.
Caso o plano de saúde não cubra os
gastos com o anestesista, e o beneficiário seja obrigado a pagar do
próprio bolso, a operadora deve reembolsar o valor integral ao
paciente, inclusive as despesas com transporte, em até 30 dias
desde a data de solicitação.
É importante o beneficiário observar
as cláusulas do contrato com o seguro de saúde, já que algumas tem
regras diferentes para o reembolso.
O que dizem os planos de saúde
A Petrobras
AMS,afirmou possuir convênio com a Cooperativa de
Anestesistas do Rio de Janeiro, e que possui mais de 300 médicos
credenciados para o atendimento dos pacientes. O reembolso ocorre
em até 30 dias a partir da apresentação de todos os documentos.
O Bradesco, informou
que os clientes podem se credenciar ao plano de forma direta ou por
meio de cooperativas, caso o anestesista requerido não possua
convênio com o mesmo, o reembolso será feito em até 30 dias, por
meio de apresentação de recibo ou nota.
Já a AMIL, adotou o
reembolso integral dos custos com anestesias em procedimentos
realizados pela equipe médica credenciada ao plano. O prazo médio
estabelecido pela seguradora é de 15 dias úteis, a partir da
apresentação do recibo ou nota.
As reclamações podem ser feitas por
meio do site da ANS: http://www.ans.gov.br/, ou
pessoalmente nos núcleos em todo Brasil.