Não é segredo que contar com um bom
plano de saúde empresarial é um atrativo para os funcionários de
qualquer instituição. Pesquisas apontam que esse benefício é o
segundo item mais valorizado pelos empregados, atrás apenas do
salário. No levantamento realizado no ano passado pelo Ibope
Inteligência, a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar
(IESS), essa valorização ficou evidente. Segundo 95% dos
entrevistados, a oferta do plano de saúde é considerada
“importante” (16%) ou “muito importante” (79%) para decidir entre
um trabalho ou outro. Ou seja: trata-se de um fator decisivo na
hora de aceitar um emprego.
Para o contratante, porém, oferecer (e
manter) essa vantagem é, cada vez mais, um desafio. A começar pelo
custo do serviço: dados divulgados pela Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)
apontam que os planos de saúde oferecidos ao quadro de funcionários
representam cerca de 12% dos gastos com a folha de pagamento. Um
montante significativo, sobretudo em tempos de crise.
Alguns itens podem facilitar a vida do
empresário (ou responsável pela área) no que se refere à
contratação e gestão inteligente do benefício. E até mesmo torná-lo
mais econômico. O advogado Sandro Raymundo, especialista em seguros
pela FGV/SP e coordenador do curso Planos de Saúde
Empresariais, promovido pelo Instituto Segurado Seguro, destaca
três pontos fundamentais:
– Escolha do
plano: conhecer os tipos de planos disponíveis e suas
particularidades é indispensável para nortear a tomada de decisão.
“Para algumas empresas, o melhor é optar por um plano com
coparticipação, no qual o funcionário também participa do pagamento
do serviço, toda vez que ele é utilizado. Essa modalidade leva o
beneficiário a fazer um uso mais consciente do plano”, explica
Sandro. Em empresas menores, outra opção viável, — desde que não
haja convenção coletiva que obrigue a contratação do plano de saúde
— é oferecer um auxílio à saúde suplementar para que o funcionário
contrate o serviço por conta própria. “Algumas categorias de
servidores público, por exemplo, têm o direito de receber esse
auxílio ao invés de se filiarem ao plano de saúde”,
complementa.
– Entendimento dos direitos e
deveres após a contratação: é preciso que o
empresário tenha clareza sobre sua responsabilidade quanto ao
oferecimento/cancelamento do benefício, e também, seus direitos e
obrigações. A pressão do mercado e a grande quantidade de normas
regulamentando o tema podem levar os empresários a erros quanto aos
seus direitos. “Por exemplo, empresas com poucos funcionários ficam
menos sujeitas a reajustes abusivos e a seguradora não pode
cancelar o plano unilateralmente, sem justo motivo. Isso porque as
regras para esses grupos menores e o entendimento dos tribunais são
mais rigorosos em relação às operadoras, mas muitos empresários não
sabem disso. São pegos de surpresa com o cancelamento do plano,
justamente no momento em que um ou alguns funcionários foram
diagnosticados com doenças graves”, salienta Sandro Raymundo.
– Conscientização dos
funcionários: para calcular a mensalidade, a
operadora leva em conta, dentre outros fatores, a média de
utilização dos serviços de todos os beneficiários. Portanto, se
algum funcionário for vítima, por parte de maus profissionais, de
exageros de pedidos de exames e cirurgias, sem real necessidade,
irá onerar todo o grupo. É preciso orientação para, por exemplo,
buscar uma segunda opinião médica antes de aventurar-se em um
procedimento médico de risco. “Nesse sentido, a realização de
palestras educativas na empresa pode ser de grande valia. Além
disso, recomenda-se buscar operadoras que ofereçam programas de
prevenção de doenças e incentivem seus clientes a adotarem um
estilo de vida mais saudável, dando as diretrizes com ações,
campanhas, aplicativos, dentre outros meios”, comenta o
advogado.
Outras informações podem auxiliar na
escolha e manutenção adequada do plano de saúde empresarial, como
por exemplo, os direitos do empregador e funcionários diante de
reajustes abusivos, da rescisão do contrato pela operadora, acerca
da permanência de ex-empregados e aposentados, da regulamentação da
ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e do entendimento dos
tribunais.
“A capacitação e informação dos
responsáveis por essa área nas empresas é a melhor forma de buscar
o equilíbrio nessa equação”, finaliza o especialista.
Pensando nisso, o Instituto Segurado
Seguro realizará, nos dias 28 e 29/06, um curso sobre a temática,
com enfoque no empresário. Para saber mais e fazer sua inscrição,
acesse: https://www.sympla.com.br/curso-planos-de-saude-empresariais—os-desafios-do-empresario-frente-ao-beneficio__303764
Website: https://www.seguradoseguro.com.br/