Quem é o corretor de seguros? Entre as
profissões menos conhecidas pelo cidadão brasileiro, o corretor de
seguros tem lugar de destaque. Este desconhecimento é de tal ordem
que vários tribunais de justiça estaduais têm posições diretamente
opostas uns dos outros.
Para alguns, o corretor de seguros é o
representante da seguradora; para outros, é um mero vendedor; para
outros, sua função é similar à dos corretores de imóveis; e para
outros, é o representante do segurado perante a seguradora.
Esta situação causa problemas de todas
as ordens, inclusive no que tange a imagem do profissional, muitas
vezes incompreendida até por quem trata com o setor de seguros.
A verdade é que o corretor de seguros,
pela própria essência de sua atividade, é um cidadão com papel
chave no bem-estar da sociedade. Ele é responsável pela proteção do
patrimônio das pessoas, da mesma forma que é responsável pela
garantia do futuro de gente que, por uma razão ou outra, perde o
arrimo da família.
Cabe ao corretor de seguros oferecer
as melhores soluções para estas situações, entendendo-se como
melhores não apenas as mais baratas, mas principalmente as que
blindem da forma mais hermética possível os danos decorrentes de
eventos que atinjam os seus segurados.
O corretor de seguros é um
especialista. Alguém treinado para entender a dinâmica da vida,
avaliar os diferentes tipos de risco, conhecer os danos possíveis e
os produtos desenhados para minimizá-los. Mas sua atuação vai muito
além. Cabe a ele assessorar o segurado durante toda a vigência do
contrato de seguro.
Ao contrário do corretor de imóveis,
que, terminada a transação, encerra seu trabalho, o corretor de
seguros começa a trabalhar na prospecção dos segurados, passa por
todos os momentos da contratação da apólice, tem o dever de
assessorar o segurado quando da ocorrência do evento coberto,
durante todo o processo de regulação e liquidação do sinistro até o
recebimento da indenização.
Mas seu trabalho vai mais além. Cabe
ao corretor de seguros estar ao lado do segurado no momento da
renovação dos seus seguros. Informar a data do vencimento da
apólice e, no momento oportuno, apresentar as melhores alternativas
para manter a proteção adequada para aquele determinado risco.
Definida a melhor alternativa, cabe a ele negociar com a seguradora
de forma a proteger os interesses do segurado, evitando que, por
desconhecimento, ele contrate algo que não é o ideal.
Sob este aspecto, pode-se dizer que o
corretor de seguros é tão essencial quanto o médico ou o advogado.
Enquanto o médico trata da saúde e o advogado zela pelos direitos
do cidadão, o corretor de seguros é quem garante o acesso à saúde,
à proteção do patrimônio, ao complemento da aposentadoria e aos
recursos necessários para a família seguir em frente após a morte
de um de seus integrantes.
É ele quem conhece as seguradoras e
por isso sabe em que ramos esta ou aquela atua com mais eficiência,
quais as regiões que uma ou outra preferem, que tipo de segurados
são mais bem atendidos por cada uma delas, quais as vantagens de
preço e cobertura que elas oferecem, como cada uma se comporta
diante de determinadas situações, como elas procedem na regulação e
liquidação dos sinistros, etc.
O negócio de seguro é extremamente
específico e técnico. Não é para amadores ou diletantes. A apólice
é um contrato complexo, sofisticado, com variáveis determinadas por
pequenos detalhes incluídos em cláusulas que podem fazer toda a
diferença no momento do pagamento de uma indenização.
Quem conhece este universo por dever
de profissão é o corretor de seguros. As seguradoras não vendem
seguros diretamente porque não saibam ou não possam fazê-lo. A
razão para não fazerem isto num país como o Brasil é meramente
pragmática.
As seguradoras preferem comercializar
suas apólices através de corretores de seguros porque sabem que é a
melhor forma de reduzirem ao mínimo a possiblidade de problemas.
Ora, se as seguradoras agem assim, qual o sentido do segurado
pretender fazer de outro jeito?