A última etapa do 12º Encontro
Regional de Corretores de Seguros do Rio Grande do Sul (Encor)
manteve o alto nível das apresentações, como já é tradição do
evento. Mais de 1.200 Corretores participaram do encontro e
garantiram que a qualidade do evento é reflexo da maturidade e
busca dos profissionais ávidos por atualização e conhecimento.
Eduardo Tevah comandou com
brilhantismo a primeira palestra desta tarde abordando o tema “Como
vender mais nestes novos tempos”. Tevah falou sobre o atual cenário
de hipercompetição e abordou o que diversas pesquisas apontam como
uma das formas de aumentar as vendas. “Já chegou ao mercado de
seguros essa competição canibal, onde algumas pessoas não conseguem
entender que o menor preço não é o melhor negócio. De quê adianta
vender o menor valor para o seu cliente se ele não terá a melhor
garantia? Nesta situação onde todos falam de crise, é preciso
entender o que o cliente quer comprar. As pessoas querem
orientação, não venda. No momento que o potencial segurado perceber
que você quer vender, não há mais como fechar esse negócio. Por
isso, ajude seu cliente a comprar. As pessoas querem se sentir
importantes e especiais, então abra as portas da sua empresas e da
sua mente para essa mudança. Nunca se apaixonem por seus produtos,
mas sim pelos seus clientes”, finalizou o palestrante.
Em seguida ocorreu a segunda palestra
do dia, mediada pelo diretor do Sincor-RS, André Thozeski, o painel
de Vida e Benefícios contou com a participação do vice-presidente
corporativo da Icatu Seguros, César Saut e do Diretor do Grupo
Liber Brasil, Josusmar Alves de Souza. Os painelistas abordaram as
mudanças que podem ocorrer no setor e a pouca oferta dos corretores
aos seus segurados.
“A vida possui diversas fases e é
normal que em cada uma delas as nossas preocupações sejam
diferentes. Mas um fator que é presente ao longo de toda nossa
existência é a preocupação de como será a vida de nossos entes
queridos após nossa partida. O corretor não deve vender seguro de
vida, até porque ele não assegura a existência eterna do cliente, o
corretor precisar mudar seu foco para oferecer tranquilidade e
certeza de que, apesar da dor, tudo ficará bem com seus familiares.
O que vocês vendem é segurança”, afirmou Josusmar.
Já Saut falou sobre como a
automatização pode impactar o futuro do mercado de seguros e
reforçando que há espaço para o crescimento de todos dentro de
Vida. O palestrante embasou suas falas em diversos levamentos e
exemplos práticos de profissões que, por não se adequarem às
mudanças, hoje não existem ou estão quase desaparecendo. “Estes
dados de uma das maiores empresas de análise do mundo, projeto que
motoristas de caminhão têm 97% de chance de não existir daqui a 20
anos. Ela também diz que o corretor de seguros tem 91% de chance de
sumir. Número assustador, mas olhando com mais cuidado percebe-se
que o planejador financeiro tem apenas 20% de chance de
desaparecer. Então temos aqui um equívoco, pois eles não entenderam
bem o trabalho de vocês corretores. Quem ajuda na aquisição de uma
previdência, produto que se constrói ao longo de uma vida, não está
ajudando a planejar o futuro financeiro de seu segurado?! Quando
vendemos qualquer produto estamos ao mesmo tempo ajudando o
segurado a planejar seu futuro. Por isso afirmo que corretoras e
seguradoras que tenham propósito e agreguem valor vão resistir à
qualquer crise”.
O painel seguinte foi ministrado pelo
presidente da Fenacor, Armando Virgilio, e mediado pelo corretor de
seguros e vice-presidente do Sincor-RS, Celso Marini. Virgilio
abordou diversos temas de interesse dos corretores de todo o país,
como o seguro pirata e o Simples. “Foi um erro rotularmos esse
crime que ocorre no nosso setor como seguro pirata, isso é um
mercado marginal e que deve ser combatido cada vez mais. Quero
deixar bem claro que a Federação, os Sindicatos e demais
instituições do mercado não são contra a inovação utilizando meios
tecnológicos. A disrupção é inovar, não desrespeitar, que é o que a
Youse e outras ditas empresas de seguros fazem. Nunca iremos nos
calar para este tipo de atividade que só prejudica o mercado e os
segurados”, enfatizou o presidente que foi aplaudido por todos os
presentes.
Para encerrar a tarde de palestras, o
filósofo e professor Leandro Karnal fez sua apresentação onde
abordou a necessidade de se reinventar e como superar a dificuldade
de dar os primeiros passos. “Repetir é da natureza humana. Fazer
algo novo requer mais energia e por isso é tão difícil sair do
lugar. O pensamento positivo é um passo importante, mas não leva a
absolutamente nada sozinho. Se ficarmos parados pensando positivos,
ficaremos no mesmo lugar bem positivos. A ação é o que muda tudo
pois faz superar o maior inimigo da mudança que é o
determinismo”.
Para finalizar o evento, todos os
representantes do Sincor-RS subiram ao palco para homenagear seu
ex-presidente, Sérgio Alfredo Petzhold. O atual presidente da
entidade, Ricardo Pansera, entregou uma placa a Petzhold em
reconhecimento ao excelente trabalho realizado em seus anos à
frente do sindicato.
Após o encerramento, foi servido um
jantar com temática italiana, oferecido pela Bradesco Seguros, que
contou ainda com apresentações musicais e de dança com grupos
tradicionais da cidade.
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