No almoço com associados do Clube dos
Corretores de Seguros de São Paulo, o superintendente André Rosas
apresentou a verticalização como solução para a saúde no país.
O que está acontecendo com a saúde no
Brasil? A pergunta formulada pelo mentor do Clube dos Corretores de
Seguros de São Paulo (CCS-SP), Adevaldo Calegari, foi o ponto de
partida para o superintendente Comercial Empresarial do Hapvida,
André Rosas, apresentar a verticalização, modelo de sucesso adotado
pela operadora, como solução para esse problema. Para discutir esse
assunto, Rosas e outros executivos do Hapvida foram recebidos pelo
CCS-SP no almoço realizado no dia 13 de junho, no Circolo
Italiano.
Rosas conta que a verticalização –
opção que elevou o Hapvida à posição de maior operadora de saúde do
Norte e Nordeste – iniciou em 1986, com a construção do hospital
Antonio Prudente, que começou como clínica em 1979, em Fortaleza
(CE). O médico oncologista, Candido Pinheiro, em 1993, criou um
plano de saúde moderno e acessível, que na época já contava com
produtos diferenciados e logo conquistou o mercado. Em 2004, há um
divisor para a empresa. Até então, a operadora, que também contava
com serviços hospitalares terceirizados, opta pelo modelo de gestão
verticalizado. “Concluiu-se que a solução era verticalizar para ter
controle e gestão dos custos”, relata Rosas.
O modelo de verticalização
O modelo de verticalização adotado
pelo Hapvida envolve a atuação de mais de 16 mil colaboradores
diretos na operação de 21 hospitais, 71 clínicas médicas, 18
unidades de prontos atendimentos, 66 unidades de diagnóstico por
imagem e 58 postos de coleta laboratorial distribuídos em 11
estados onde a operadora atua com rede própria. De acordo com
Rosas, o modelo é focado em quatro negócios: hospitais, clínicas,
laboratórios e diagnósticos por imagem, todos próprios e sem o
objetivo de lucro. “Isso faz com que consigamos controlar os
custos”, disse.
Para se ter uma ideia de alguns dos
diferenciais, as emergências dos hospitais do Hapvida são mais
amplas, com mais leitos e mais recursos para exames e diagnósticos.
“Tudo isso para resolver rapidamente o problema, evitando
internações desnecessárias. É um modelo de negócio focado na
eficiência e que tem como alvo a base da pirâmide”, disse. Outras
vantagens da verticalização, segundo ele, são o ganho em escala nas
compras, a definição de protocolos, padronização e gestão
tecnológica. Aliás, a empresa foi uma das primeiras no país a
investir em biometria, sobretudo para reduzir fraudes.
Homenagem a Bertacini
Um momento especial no almoço foi a
homenagem a Osmar Bertacini, presidente da APTS, que completou 55
anos de carreira no setor de seguros no dia 7 de junho. O mentor
Adevaldo Calegari e o secretário Evaldir Barboza de Paula
entregaram uma placa para Bertacini, que foi aplaudido de pé pelos
convidados.
Em seguida, bastante emocionado, ele
comentou a paixão que o seguro despertou em sua vida já desde o
início de carreira, na Companhia Internacional de Seguros.
“Procurei pautar minha vida profissional na transparência,
humildade, sinceridade e profissionalismo. Devo admitir que hoje,
apesar de ter mais passado do que futuro, sinto orgulho de ter
contribuído um pouquinho com esse mercado”, disse.
Bertacini também se referiu aos muitos
amigos que conquistou ao longo de sua trajetória profissional,
destacando que este é o maior legado de sua carreira. “Costumo
dizer que o trabalho traz por consequência resultado financeiro.
Mas, na minha vida ao longo de 55 anos a maior conquista foram os
amigos, o meu maior patrimônio”, disse.
Com uma intensa vida associativa,
Bertacini exerce, além da presidência da APTS, o cargo de
secretário do Sincor-SP, de diretor da UCS, SBCS, ANSP e Camaracor.
“Às vezes, me perguntam como consigo tempo para tantas atividades.
O segredo é um só: gostar do que se faz. E eu gosto de seguros,
gosto de fazer amigos, e isso me leva adiante para que siga na
caminhada. Por isso, só tenho a agradecer”, disse.