Polícia indiciou os dois por homicídio qualificado e pediu mais uma
vez a prisão preventiva de ambos. Inquérito foi remetido à Justiça
nesta terça (16).
O
inquérito que apurou a morte de um caminhoneiro em Vacaria, nos
Campos de Cima da Serra, em dezembro de 2016, foi concluído pela
Polícia Civil nesta terça-feira (16), com indiciamento e novo
pedido de prisão preventiva da mulher da vítima e do amante dela,
apontados como responsáveis pelo crime. O objetivo seria ficar com
R$ 83 mil do seguro de vida.
O caminhoneiro Jodoe da Silva
Costa foi morto em dezembro de 2016 com o tiro no rosto, quando
chegava em casa. O autor do disparo, conforme o delegado Anderson
Silveira de Lima, seria o amante da mulher, que trabalha como
professora na rede municipal de Vacaria.
“Ela monitorou ele pelo Whatsapp
para determinar quando chegaria em casa. Ele estava voltando de uma
viagem de trabalho, deixou o caminhão na cidade de Lagoa Vermelha,
onde fica a empresa em que ele trabalhava, e depois foi de ônibus
para Vacaria. Desceu na rodoviária, que fica a 300 metros da sua
casa e, quando chegava, foi abordado por um motociclista”, disse o
delegado.
Relatos de testemunhas apontaram
que o amante havia saído de casa com a motocicleta ao menos três
vezes antes do crime, ocorrido por volta das 2h. “No dia seguinte
ao crime, descobrimos que ele vendeu a moto para uma pessoa que
sequer tinha dinheiro para pagar, como se estivesse desesperado”,
acrescentou o delegado.
A investigação durou cinco meses
até que a polícia reunisse provas suficientes para pedir o
indiciamento dos suspeitos. “A mulher chorou bastante no funeral,
chorou bastante na delegacia. Ouvimos também o amante, que ela
admitiu ser o amante, e quando quebramos o sigilo dos celulares,
encontramos a troca de mensagens. Não tinha como negar”, afirmou o
delegado.
Jodoe e a esposa têm uma filha
de 12 anos. De acordo com o delegado, o crime foi cometido para
evitar a divisão dos bens do casal na separação. O seguro de vida
tinha como beneficiária a mulher da vítima.
A
polícia já havia feito um pedido de prisão preventiva da mulher e
do amante, que não foi aceito pela Justiça. O Ministério Público
recorreu da decisão, que está em tramitação o Tribunal de Justiça
do Rio Grande do Sul. No indiciamento, a polícia refez o pedido
para ambos.