No Brasil ainda há uma resistência em
se fazer Seguro de Vida. Na maioria das vezes, a cultura de se
contratar um Seguro está relacionada ao medo que as pessoas têm das
perdas, por isso é mais comum se fazer um Seguro de veículos ou
saúde. Em entrevista ao CQCS, Sérgio Ricardo, Executivo em Seguros
e Resseguros da Escola Nacional de Seguros destacou algumas
perguntas para que o Corretor questione os seus clientes, melhore
seus argumentos de venda e os convença sobre a importância desta
contratação:
1. Sua família está preparada para
encarar o abalo financeiro da sua ausência? (Considera-se que
seriam necessários, pelo menos, 80% dos vencimentos do titular para
que a família viesse a manter o padrão de vida);
2. Como a sua família vai fazer para
pagar as despesas com inventário de bens, incluindo as despesas com
advogados, cartórios e impostos de transmissão? Considerando que é
necessário ter em mãos cerca de 20% do valor dos bens;
3. Você sabia que a indenização do
seguro de pessoas (vida) não entra em inventário e, assim,
geralmente, é o primeiro recurso que chega às mãos da família, em
qualquer desconto ou imposto? Por isso, ter uma apólice de seguros
de pessoas é muito importante;
4. Você já percebeu quanto custa um
seguro de vida mal feito e um bem feito? Se você já tem algum tipo
de cobertura pela sua empresa, alguma associação de classe é hora
de fazer as contas para saber se a cobertura é suficiente para o
seu perfil e, se for o caso complementá-la, já que você pode ter
tantas apólices quantas quiser, bastando apenas que declare isso na
contratação.
5. Você já pensou que com um Seguro de
Vida, alguns projetos podem estar protegidos? Como a viagem de
intercâmbio dos filhos ou mesmo a faculdade. Você já pensou na
segurança e tranquilidade que isso pode te oferecer?
Sérgio Ricardo acredita que este
problema está relacionado à falta de percepção de oportunidades.
“Alguns Corretores sentem dificuldade na hora de vender Seguros de
Vida, sobretudo porque têm medo do produto. Não estudam para vender
e isso é fundamental”, revela o Executivo.
Para mudar este cenário é preciso que
o Corretor de Seguros saiba usar estes argumentos para melhorar nas
vendas. Tendo em mente que o seguro de pessoas foi pensado para
proteger as famílias em função da ausência por morte do titular.
Portanto, em um primeiro momento, trata-se de proteção
familiar.
Estudar sobre o assunto, frequentar
cursos e palestras são algumas das dicas que Sérgio apresenta. Para
o executivo, “o Corretor não pode deixar de abordar seu cliente.
Deve criar uma campanha, divulgar nas redes sociais que vende
seguro de pessoas, também é uma ótima alternativa para driblar este
problema”.