Na edição do “Pare e Pense” desta
semana, sobre o tema “O que deve temer o corretor?”, o diretor
executivo do CQCS, Gustavo Doria Filho, aborda os temores
demonstrados pela categoria diante das novidades. “Nos anos 80,
eram os bancos. Depois, o telemarketing. Em seguida, a Internet.
Aí, vieram as empresas online e, agora, a Youse. Mas, nada disso
trouxe a ruptura. Mais de 90% dos seguros continuam sendo
comercializados pelos corretores”, comentou.
Segundo ele, é elogiável e
impressionante os investimentos feitos por empresas online. Doria
citou como exemplo a Genial Seguro, que publicou anuncia de página
inteira em grandes jornais de São Paulo para “vender” o seu
trabalho. “Mas, não há nada de ruptura nisso. A Genial é uma
corretora tradicional, que resolveu investir mais e chegou a
conclusão que 50% pessoas nunca cotaram seguros online e passou a
oferecer 20 opções de produtos com descontos de até 50%. As
chamadas insurtechs ainda não fazem ruptura”
salientou.
Ele fez também uma comparação com a
disputa entre os táxis tradicionais e o Uber. Para Gustavo Doria,
os taxistas foram obrigados a inovar, a usar novas ferramentas
tecnológicas e até mudar a forma de cobrança do valor da viagem
para enfrentar a nova concorrência. “O Uber aposentou aquele modelo
de táxi que não se adequa mais”, observou.
Na visão dele, de certa forma, algo
parecido ocorre no mercado de seguros, mas o corretor continua
vivo. “Mas, a preocupação tem que ser o consumidor. É preciso
agregar valor, investir em tecnologia e comunicação, ensinar o
consumidor a se proteger de forma diferente. Pare de se queixar.
Pare e Pense!”, finalizou Gustavo Doria.