Existem inúmeras oportunidades
esperando pelo corretor, que pode aumentar o seu faturamento mensal
mesmo em uma época de crise econômica, se souber aproveitar essas
janelas que se abrem para ele. Em suma, essa foi a visão de mercado
apresentada pelo diretor Comercial Sul e Centro Oeste da Porto
Seguro, Marcelo Zorzo, em entrevista exclusiva ao CQCS. “No ramo
residencial, por exemplo, a média mensal é de apenas cinco
orçamentos por corretor. Isso é muito pouco. O corretor precisa
explorar melhor a sua base de clientes. Falar mais de todas as
coberturas, adotar um discurso mais profundo sobre serviços que
permeiam seguro residencial”, frisa Zorzo, acrescentando que o
corretor, a cada três ou quatro meses, poderia enviar mensagens
para os clientes mostrando a importância das inúmeras coberturas e
os serviços agregados ao produto.
Segundo o executivo, a percepção de
valor do seguro residencial é muito baixa porque o consumidor
“esquece” dos serviços agregados. E isso, somado à baixa oferta,
resulta na pequena penetração. “Apenas 13% das residências estão
cobertas pelo seguro no Brasil”, lamenta.
O diretor da Porto Seguro disse
ainda que, ao adotar uma postura mais incisiva de abordagem, o
corretor pode obter excelentes resultados em praticamente todas as
carteiras, independentemente do cenário econômico.
Ele lembrou que mesmo na carteira
de Auto, que sempre recebe mais atenção do corretor, há um amplo
espaço para ocupar, pois não passa de 30% o percentual de carros
segurados na frota nacional de veículos. “O ramo Auto está um tanto
quanto estável, mas felizmente nossas três marcas vêm crescendo
bem, acima da média do mercado. Na verdade, existe imensa
capacidade de crescimento se melhorar a qualidade da oferta.
Afinal, todos os meses, mais de 11 milhões de consultas sobre
seguro de veículos são feitas no Google. Então, se o consumidor
procura. basta melhorar a capacidade de ofertar para ter um
aproveitamento melhor”, observa.
Mesmo em produtos não ligados
diretamente ao mercado de seguros, há nichos que podem gerar um bom
faturamento para o corretor. É o caso do Consórcio. “Neste caso, o
corretor deve agir com paciência. Pesquisas mostram que na segunda
ou terceira abordagem, é muito provável comercializar um consórcio,
garantindo uma comissão de valor absoluto elevado, que pode ajudar
muito o corretor neste momento de instabilidade na economia”,
acentua Marcelo Zorzo.