A Comissão de Finanças e Tributação
da Câmara acatou, por unanimidade, na última quarta-feira (06/07),
o parecer do relator, deputado Benito Gama, favorável à aprovação,
com emenda, do projeto de lei que permite aos transportadores de
pessoas ou cargas organizarem-se em associação de direitos e
obrigações recíprocas para criar fundo próprio, desde que seus
recursos sejam destinados exclusivamente à prevenção e reparação de
danos ocasionados aos seus veículos por furto, acidente, incêndio,
entre outros. Na prática, a proposta regulamenta a chamada
“proteção veicular”.
O parecer traz pesadas críticas ao
mercado de seguros. Segundo o relator, o País enfrenta uma
“verdadeira oligopolização” quando o assunto diz respeito ao
sistema financeiro e seus “satélites” (referindo-se ao setor de
seguros). “Todas as medidas que circundam o tema da abertura e
criação de novas possibilidades de fornecimento de produtos e
serviços financeiros e de seguros sofre imediatamente a reação
deste setor da economia”, disparou Benito Gama.
Ele apresentou ainda uma emenda,
também aprovada por unanimidade, que, de acordo com o relator, visa
a promover mais segurança aos participantes da associação e incluir
no projeto o setor cooperativista de transportes. “É importante
submeter à regulação do Poder Executivo as associações que tenham a
finalidade de prevenção e reparação de danos ocasionados aos seus
veículos por furto, acidente, incêndio, entre outros”,
justificou.
Benito Gama acentuou ainda que “há
consenso acerca dos elevados custos dos seguros para os
transportadores”. Diante disso, ele entende que a solução passa
pela autorização para que novos agentes possam “atuar na prestação
de serviços que venham a proteger, de forma eficiente e barata, os
custos incorridos pelos transportadores de pessoas e de cargas na
sua atividade”.