Despesas assistenciais da
saúde suplementar já atingem R$ 50 bi em 2016
As despesas assistenciais da saúde suplementar no Brasil
atingirão a marca de R$ 50 bilhões em 2016, no próximo dia 24/5
exatamente às 19 horas, segundo aponta o Custômetro dos Planos de
Saúde da Abramge – Associação Brasileira de Planos de Saúde, que
mensura a quantidade de recursos gastos pelas operadoras de planos
de saúde médico-hospitalares na prevenção e cuidado à saúde de seus
beneficiários.
Trata-se da maior cifra já gasta nos primeiros cinco meses de
um ano pelas operadoras, mesmo com a perda de 953 mil beneficiários
no ano passado – atualmente 48,8 milhões possuem planos de saúde
médico-hospitalares.
Segundo levantamento da Abramge com base em informações da
ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, dos R$ 50 bilhões,
44,8% foram gastos com internações, 32,6% com consultas, 17,1% com
exames complementares e 5,5% com terapias.
Nos doze meses de 2015, as despesas assistenciais alcançaram
R$ 119,3 bilhões o que equivale a uma gasto médio de R$ 2.390 para
cada beneficiário de plano de saúde.
No mesmo período, o ticket médio ou mensalidade média foi de
R$ 235.
Em 2015, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar
– IESS, a Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH) foi de
19,3%, índice mais elevado desde o início da série
histórica.
Parte disso deu-se devido ao comportamento inflacionário que
se alastrou no país.
Um exemplo disso foi o aumento nos preços administrados, em
especial aos reajustes de energia elétrica que afeta diretamente os
gastos das unidades hospitalares, clínicas e laboratórios. Houve
uma variação de 198,9% se comparado ao ano anterior. O índice de
inflação passou de 17,1% para 51,0%.
Outros exemplos são a hospitalização e cirurgia que passou de
7,0% em 2014 para 10,4% em 2015, registrando aumento de 49,0%, e o
câmbio do dólar que passou de R$ 2,4 para R$ 3,3, registrando alta
de 41,6%, lembrando que muitas das tecnologias e manutenção dos
aparelhos do setor de saúde são atreladas à moeda
americana.