Metade das perdas de beneficiários
de planos de saúde ocorreu no Estado de São Paulo. Quase 700 mil
paulistas saíram do sistema de saúde suplementar em março na
comparação com o mesmo mês de 2015, o que representa, em números
absolutos, 52% das perdas de contratos em todo o País no período,
que chegaram a 1,33 milhão. Os dados fazem parte de levantamento do
Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) a partir da
atualização da base de informações da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS).
São Paulo conta com 17,99 milhões
de beneficiários, ou 37% do total de 48,81 milhões no País. "O
aumento do desemprego nas áreas mais desenvolvidas, caso
principalmente do Estado de São Paulo, torna inevitável o impacto
na saúde suplementar", afirma o superintendente-executivo do IESS,
Luiz Augusto Carneiro, por meio de nota, acrescentando que "o que
preocupa é a proporção e a velocidade da perda de
beneficiários".
Um dos destaques do levantamento é
a análise da faixa etária dos beneficiários que deixaram de ter
plano de saúde, com maior perda entre a população de 0 a 24 anos,
principalmente composta de dependentes. A queda nessa faixa foi de
736 mil vínculos, na comparação em 12 meses até março. Em seguida,
vem a faixa de 25 a 29 anos, com 319 mil vínculos, recuo que
segundo o IESS pode estar associado à perda de emprego nessa camada
- foram cortadas 361.134 vagas formais, conforme dados do
Caged.
Por outro lado, o perfil com mais
de 65 anos apresentou alta no período, com 104.827 vínculos a mais
entre março de 2016 e o mesmo mês de 2015, totalizando 4,2 milhões
de pessoas com planos de saúde nesse segmento.