Um levantamento
da Federação Nacional de Saúde
Suplementar (FenaSaúde), com base em dados da Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), aponta que no acumulado de 12
meses seguidos e encerrados em setembro deste ano,
o número de beneficiários de planos médicos caiu
0,3%, totalizando 50,3 milhões de milhões de vidas. No
terceiro trimestre, a queda aumentou para 0,5%, perda de 236 mil
beneficiários.
Já os planos
exclusivamente odontológicos seguiram tendência de
crescimento, com aumento de 5,0%, alcançando 21,9 milhões
de beneficiários em todo o País.
A desaceleração registrada nos
planos médicos pode ser atribuída ao momento econômico
do Brasil, em especial à retração do mercado de trabalho e
do rendimento real dos brasileiros, resultado de ajustes feitos por
alguns segmentos empresarias. A inclusão socioeconômica nos anos
recentes – com incremento de setores produtivos – esteve entre os
principais impulsionadores da Saúde Suplementar.
Tendência
preocupa
A tendência de retração dos últimos
meses e que persiste neste quarto trimestre dá uma dimensão do
tamanho da perda de beneficiários dos
planos de saúde. Apenas no terceiro trimestre, entre julho e
setembro deste ano, o segmento de planos médicos hospitalares
perdeu 236 mil beneficiários, queda de 0,5% em relação ao trimestre
anterior.
Dados anualizados mostram a
desaceleração do setor. Há um ano, em setembro de 2014, o setor
apresentou taxa de crescimento de 2,75% em relação ao ano
imediatamente anterior. Essa taxa veio se reduzindo a cada
trimestre e foi negativa em setembro deste ano (0,3%). Trata-se da
primeira redução, em termos anuais, ao longo da série
histórica.
Modalidades
A situação se agravou no último
trimestre. Todas as modalidades de operadoras do segmento
médico-hospitalar (Medicina de Grupo, Cooperativa Médica,
Seguradora de Saúde e Autogestão), com exceção da filantropia,
perderam beneficiários no período.