O crescimento do mercado náutico em
Santa Catarina, com a instalação de estaleiros especializados em
embarcações de passeio, fez com que o Estado se tornasse o
principal foco de interesse das empresas de seguros de embarcações
fora do eixo Rio-São Paulo. A multinacional Mapfre, que lidera o
setor, terminou 2014 com um volume de R$ 66 milhões em volume de
prêmios no Brasil e vê Santa Catarina como um mercado com grande
potencial.
A companhia patrocina uma das
equipes da Volvo Ocean Race e Itajaí foi a única parada em que
montou um stand próprio com atrações, de olho na vocação da região
para a navegação com embarcações de passeio. Além das condições
naturais, com águas mais fáceis de navegar do que no Rio Grande do
Sul, por exemplo, o mercado em SC é impulsionado pela construção
naval e pela proposta de novas marinas.
Carlos Polízio, superintendente de
seguros náuticos do Grupo Seguradora Banco do Brasil e Mapfre, diz
que o desenvolvimento do setor é acompanhado de perto pelo mercado
de seguros. Até porque a qualidade da marina onde é mantida a
embarcação tem interferência direta no valor das apólices.
Embora as embarcações menores, de
até 30 pés, liderem o mercado, o crescimento na venda de lanchas e
iates de luxo tem o próprio modelo de apólices, que no caso da
Mapfre seguem o Gold, especializado em carrões. A diferença em
relação ao seguro comum é a inclusão de tecnologias de bordo que
são exclusivas das grandes embarcações.
Segundo Polízio, por ter modelo
diferenciado de cobrança o seguro de embarcações é
proporcionalmente mais barato do que o de veículos – o que faz com
que a maioria dos novos compradores assegure a embarcação antes
mesmo de sair do estaleiro.
A companhia estima que há hoje
cerca de 40 mil embarcações passíveis de serem seguradas e
abrigadas por alguma estrutura náutica no Brasil.
Resgate
Além de seguro contra todo tipo de
avarias, a Mapfre inclui gratuitamente em suas apólices a cobertura
de resgate de destroços – operação cara e bastante negligenciada, o
que acaba resultando em restos de barcos acidentados que ficam para
sempre no fundo do mar. Segundo Polízio, a cobertura atende ao
programa de responsabilidade sócio-ambiental da empresa.