Um detalhe, ainda que pequeno, faz
toda a diferença na assinatura de contratos. No mercado de Seguros,
onde cada segmento envolve uma grande variedade de produtos e
coberturas, os detalhes estão em cada cláusula escrita. Por ter
função semelhante a de um consultor, cabe ao Corretor de Seguros
conhecer profundamente as cláusulas do contrato, alertar os
clientes para as mínimas diferenças entre as coberturas e mostrar
que o preço do produto é secundário quando existem riscos
importantes demais para serem ignorados.
Para o professor da Escola Nacional
de Seguros e especialista em Gerenciamento de Risco, Gustavo Mello,
a importância dos contratos fica mais clara a partir de exemplos.
“Um sujeito que tem uma empresa perto de um rio, está preocupado
com alagamento, uma cobertura que varia bastante. Algumas
seguradoras só cobrem rios navegáveis, outras restringem ao
rompimento de canos na área externa ao edifício segurado”, alerta
Gustavo. Neste caso, cabe ao Corretor encontrar um contrato
que englobe todas as exigências do cliente.
De acordo com Gustavo, quando fica
claro que o que se vende é um contrato, o mercado como um todo
percebe que é preciso ter mais cuidado para evitar surpresas na
hora do sinistro. “Quando se vende com qualidade técnica e
detalhamento, não se vende por preço. Você conscientiza o cliente
da necessidade de estar com um bom produto, sendo bem atendido e
com um Corretor”, destaca.
Prestar consultoria, avaliar todos
os riscos envolvidos em cada caso, faz parte também de uma
estratégia de fidelização do cliente construída com uma relação de
confiança. Quando isto não acontece e o Corretor pensa apenas em
oferecer o menor preço, não está usando a melhor estratégia. “O
corretor fica ansioso e estressado, a receita só faz cair, a
comissão vai ser cada vez menor e o cliente nunca é fiel”, conclui
Mello.