O Seguro Transporte oferece toda
segurança para o transporte de cargas no Brasil ou no exterior, ao
assegurar o cumprimento da entrega do produto durante todo o
percurso (rodoviário, aquaviário, aéreo e ferroviário), desde a
origem até o destino final, garantindo tranquilidade e proteção não
somente ao comprador, mas também para vendedores e
transportadores.
O mercado espera um crescimento na
arrecadação de prêmios superior ao de 2014, com estimativas em
torno de 6% a 8%. A previsão é de que o Seguro Transporte feche
este ano com faturamento de4 R$ 2,5 bilhões. Também há expectativa
de manutenção dos índices de sinistro, com viés de queda em
10%.
Em função de sua importância, a
contratação desse tipo de seguro tem crescido cada vez mais,
segundo avaliação de Gilberto Reina, superintendente Regional da AD
Corretora de Seguros, ao analisar as perspectivas do produto no
Brasil.
Necessidades específicas
Reina aponta que em relação ao
Seguro Transporte o principal é o atendimento das necessidades
específicas de cada segurado, o que deve ser feito por
profissionais especializados para melhor entender essas
necessidades e desenvolver apólices com condições e taxas adequadas
às características e aos riscos de cada empresa.:
Ao abordar o panorama atual do
seguro de transporte no Brasil, o executivo explica que “se
desconsiderarmos os seguros de pessoas, saúde, capitalização e
Dpvat, o seguro de transportes no Brasil é o terceiro maior ramo em
arrecadação de prêmio. Em 2013, apresentou um crescimento modesto:
cerca de 5%.” Entende que o potencial é enorme por dois motivos
principais: é um dos poucos seguros obrigatórios por lei (RCTR-C) e
o crescimento de centros de distribuição e operadores
logísticos.
Quanto as principais oportunidades
para as corretoras Reina lembra que estão no seguro do embarcador e
também no seguro para os transportadores, no mercado nacional. “No
segmento do seguro de transporte internacional, há muitas
oportunidades nas empresas que passaram a importar matéria prima e
exportar seus produtos acabados”. ressalta.
Desafios
O principal desafio dessa carteira,
segundo o superintendente da AD, é alinhar as expectativas entre os
embarcadores, transportadores e seguradoras. “Os embarcadores
buscando as melhores coberturas e preços. Os transportadores
adequando seus processos para cumprimento dos Programas de
Gerenciamento de Risco e os seguradores trabalhando para equilibrar
os resultados advindos dos prêmios pagos e sinistros
indenizados.”
Com relação ao comportamento das
taxas disse que o acompanhando na tendência do mercado como um
todo, as taxas têm tendência de queda e em alguns casos, sem
análise atuarial definida. “Aliás, a queda de taxas foi o fator
preponderante para o crescimento modesto da carteira, que apesar de
um aumento no volume de negócios, não teve o mesmo desempenho no
aumento de prêmio arrecadado”, ressalta.
Em 2013, o mercado apresentou uma
sinistralidade de 70%, tanto no seguro de Transporte Nacional como
no Seguro de RCTR-C.
Gestão de riscos
A gestão de riscos visa diminuir as
perdas, podendo até evitá-las. Um bom programa de gerenciamento
pode sim minimizar os sinistros no seguro de transportes. Cada vez
mais as empresas especializadas têm aprimorado suas tecnologias na
busca da redução das perdas, principalmente as relacionadas a
roubo, furto e extravio.
Trabalhos de estatísticas dos
índices de ocorrências e planejamento de rotas mais seguras, entre
outras, também são objeto dessa gestão. “Além disso, os
rastreamentos e monitoramentos estão cada vez mais sofisticados,
com redundância de sinais, tracking de notas fiscais, monitoramento
da carga, etc. Números não oficiais informam que, em de 2013, R$
1,3 bilhão de mercadorias foram recuperadas por meio de sistemas
aplicados na gestão de risco.