Novo
produto está na fase piloto e deve estrear a partir de março na
região Sudeste. O plano é ofertar para todo o País em
2016
Presente nos mercados de seguro, consórcio,
capitalização e previdência, a espanhola Mapfre, agora, anuncia
entrada no setor de saúde por meio de planos coletivos
empresariais, estratégia que já havia sendo estudada há anos. O
serviço será ofertado primeiramente na Grande São Paulo e, a partir
de março de 2015, vai ser estendido para o Rio de Janeiro e Minas
Gerais – com pretensão de abranger todo o País até 2016.
A operação, que já foi aprovada pela ANS, será conduzida pela
Mapfre Serviços Financeiros, empresa 100% Mapfre, sem ter vínculo
com o Banco do Brasil, instituição que a empresa possui aliança
para o ramo de seguro de veículos no País. De acordo com o diretor
geral de previdência e saúde da Mapfre Serviços Financeiros,
Eduardo Soares de Freitas, a empresa tem um capital autorizado e em
uso de R$ 20 milhões.
O objetivo é fechar em torno de 40 mil vidas até o final de 2015. A
companhia informou que o produto já possui rede credenciada de
hospitais e laboratórios que contempla todos os níveis de planos. O
foco da Mapfre são empresas com mais de dois mil
funcionários.
“Trabalharemos em um mercado focado e portanto esperamos estar
entre as 50 maiores operadoras do Brasil, em termos de
beneficiários”, afirmou o diretor da Mapfre Saúde, Claudio Tafla,
ao Saúde Business 365.
Em reportagem publicada pelo jornal
Brasil Econômico, Freitas ressaltou que não há intenção de compra
de empresas neste segmento e que a companhia optou por começar do
zero, para manter o foco de trabalhar junto com os clientes para o
gerenciamento dos custos das empresas com saúde.
Políticas de promoção e
prevenção, controle de sinistralidade, entre outros programas junto
aos clientes serão os diferenciais do serviço, segundo Tafla. “O
mercado está ávido por estas entregas e não apenas promessas de
realização”, disse.
Para todos os 47 países em que a
Mapfre está presente são realizadas ações com foco em Saúde,
adaptadas às regiões e respectivas legislações. Agora, estima-se
grande potencial para o Brasil – país considerado o segundo negócio
da organização no mundo, sendo a Espanha o
primeiro.
Em 2013, o grupo segurador e Mapfre
cresceu 24,2% em relação a 2012, tendo apurado R$ 11,3
bilhões. O mercado de seguros, nas áreas em que atua, avançou 18,2%
até novembro de 2013 (dados SUSEP) e o lucro líquido atingiu R$ 1,4
bilhão, 58,5% a mais que no ano anterior.
Houve também redução nos índices de
sinistralidade, ficando em 46,9% (51,1% em 2012); de
comissionamento, que foi de 23,0% (25,1% em 2012); e nas despesas
administrativas, que representaram 9,3% sobre os prêmios ganhos no
ano (9,8% em 2012). Juntos, esses indicadores, incluindo
tributos, resseguros e outras receitas e despesas, formam o índice
combinado, um dos principais medidores de eficiência operacional,
que ficou em 89,7% em 2013, uma redução 2,7 pontos percentuais com
relação ao de 2012.
De acordo relatório de
administração do Grupo, o índice foi beneficiado por uma
“política eficiente de subscrição de riscos e por um constante
aprimoramento no processo de gestão de sinistros”. O grupo tem
crescido desde a sua constituição em 2011.