Fluxo de
Documento Digital custou R$ 1 milhão. Localização de processos, que
levava dias, passou a ser feita em minutos
Até
pouco tempo atrás, desviar de caixas de documentos e ter a mesa
atolada de papéis era comum para o colaborador da Central Nacional
Unimed. Sem um sistema informatizado para análise do material,
documentos de consultas, exames e internações eram checados
manualmente pelos funcionários e a circulação de caixas de arquivos
era constante pelo departamento. A situação ficou insustentável
quando a operadora passou a crescer e demandar mais rapidez no
processamento dos documentos. Foi então que a companhia encontrou
na tecnologia, a solução para mudar esse cenário.
O
projeto Fluxo de Documento Digital demandou investimentos da ordem
de R$ 1 milhão e foi realizado em parceria com a IBM. A ideia era
eliminar um grande volume de papel e ter um controle efetivo sobre
o armazenamento e ciclo de vida das informações, mas o projeto
trouxe muito mais retorno que o esperado. Segundo o presidente da
Central Nacional Unimed, Mohamad Akl, a economia chegou a
representar R$ 500 mil. “Sem dúvida o resultado superou as minhas
expectativas. Pensávamos em diminuir custos, mas no meu entender o
investimento era muito alto. Depois que conseguimos mensurar o que
ele trouxe de economia para a empresa percebemos a sua
importância”, afirma.
Pelas
contas do executivo, houve redução de 99% em custos com fotocópia,
de 59% com os Correios, 30% no tempo de análise e de 90% no consumo
de papéis sulfite. Além do mensurável, Akl destaca que o projeto
colaborou também para o bem- estar dos funcionários, ao tirar as
caixas com documentos de circulação. Em números, o presidente cita
ainda ganhos ambientais. “Foram mais de 4 mil árvores que deixaram
de ser cortadas, quase 600 Kwh de energia que deixaram de ser
consumidos e mais de 3 milhões de litros de água que não foram
utilizados”.
Fundada em agosto de 1998, a Central Nacional
Unimed teve um crescimento significativo entre os anos de 2009 e
2012 , quando observou um aumento de 55% no número de vidas
assistidas. Isso representou uma evolução de mais de 100% no
faturamento da empresa, que atingiu a cifra de R$ 1,8 bilhão
somente em 2012. A evolução da empresa trouxe junto um
aumento expressivo de documentos a serem processados.
Até
dar entrada de fato na CNU, as mais de 1 milhão de fichas eram
separadas manualmente pelos analistas, que perdiam tempo separando
papéis . “As caixas chegavam com as fichas todas misturadas. Em
média, demorava de dois a três dias só para separar para então
começar o ciclo do trabalho. Sem falar no risco de extravio de
papéis e na circulação de caixas que causava um grande transtorno
aos funcionários”, conta Akl. “Se precisava encontrar algum
documento com urgência todo o departamento parava e entrava em
estado de alerta. Dependendo da urgência do cliente, acabava
gerando um problema”.
Os
estudos para a implantação do projeto tiveram início em junho de
2010. Além de otimizar o tempo para análise das contas médicas , o
objetivo era reduzir o risco de erro humano, gerir de forma
automática os documentos recebidos e enviados pela operadora,
diminuir os custos administrativos e realizar controles gerenciais
em tempo real da área de análise. “Reduzir a quantidade de papel
que transitava significou diminuir também o número de atividades
manuais, o que contribuiu para mitigar riscos de erro dos
funcionários. Além disso, promoveu ganhos econômicos, sociais e
ambientais, de escala e de produtividade que permitiram à operadora
continuar sua trajetória de crescimento de forma mais eficiente”,
pontua o presidente.
O
grande trágefo de informações também foi outro ponto tratado pelo
projeto. Além de aderir ao Sistema Unimed de imagens, a CNU
precisava gerenciar a armazenagem dos documentos. Automatizar o
fluxo de análise das contas médicas demandou a digitalização desses
papéis. Processos que levavam dias para serem localizados
antes da digitalização passaram a ser efetuados em questão de
minutos. O que antes era feito de forma manual pelos
analistas, passou a ser realizado de forma automática pelo sistema.
Além disso, com os documentos digitalizados também foi possível
aderir ao tráfego de imagens no intercâmbio nacional,
disponibilizada pela Unimed do Brasil.
Atualmente, 100% das análises das contas médicas
são digitalizadas na Central Nacional Unimed. Além da área de
análise de contas, a auditoria foi integrada ao projeto. Hoje, a
informação não só circula mais rápido como fica disponível para
qualquer departamento. Para Akl, racionalizar o tempo e aumentar a
qualidade de vida do funcionário da empresa foram os principais
fatores de sucesso. A ideia agora é levar a experiência para outras
áreas da companhia. “Pretendemos levar para a central de
atendimento, para fazer a automação das rotinas dessas áreas e do
processo administrativo da empresa”, prevê o presidente.