Os preços dos planos de saúde e as reclamações contra eles têm
um ponto em comum: não param de subir. O reajuste dos preços nas
categorias individuais e familiares foi de 9,04% em 2013 – 2,55
pontos percentuais acima do índice oficial da inflação, o IPCA, que
foi de 6,49%.
E é justamente a elevação dos preços uma das três principais
reclamações dos consumidores junto à Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS), representando 5,61% do total de queixas. Na
passagem de março para junho, o índice de reclamações chegou a
aumentar até 23,75% no país.
A principal reclamação é a cobertura assistencial, que chega a
74,31% do total de registros feitos na agência. Os contratos e
regulamentos, com 19,44%, ficaram em segundo lugar.
O índice de reclamações contra planos de saúde cresceu em todos
os nichos analisados pela ANS, sendo mais expressiva a insatisfação
com as empresas de grande porte. Para elas, o índice, passou de
0,80 em março para 0,99 em junho, o que representa uma alta de
23,75%.
Entre as operadoras de médio porte, em igual período, o crescimento
foi de 9,3%. O índice saltou de 0,86 para 0,94. Também entre as
pequenas empresas do setor, houve aumento do número de reclamações.
O índice no terceiro mês de 2013 era de 0,91, três meses depois foi
para 1,00, o que significa incremento de 9,89%.
Reajustes. Para os planos coletivos, os reajustes costumam ser
ainda mais elevados. Conforme dados do Instituto de Defesa do
Consumidor (Idec), as operadoras de saúde chegam a pedir reajustes
de até 538%.
Com base em ações judiciais interpostas na Justiça entre 2005 e
2013, a entidade constatou que o índice médio de reajuste deste
tipo de contrato, que não é definido pela ANS, foi de 82,21%. No
caso do índice individual e familiar, o reajuste vale para planos
contratados a partir de janeiro de 1999.