A rápida ascensão das taxas de sinistralidade no seguro saúde preocupa o mercado de Seguros. Segundo a diretora-executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Vera Valente, o índice registrado em 2021 é 12% maior que o registrado no fim de 2020. A tendência vem se mantendo em 2022. “Se olharmos para o primeiro trimestre de 2022 essa tendência se confirma, com a sinistralidade acima da registrada no mesmo período dos últimos três anos”, revela a executiva, em comunicado publicado pela FenaSaúde.
Ela frisa ainda que as despesas assistenciais também estão evoluindo, tendo crescido 24% em 2021. “Toda essa conjuntura aponta para uma retomada dos custos em saúde em patamares já mais elevados que o pré-pandemia”, acrescenta Vera Valente.
De acordo com a FenaSaúde, a taxa de sinistralidade dos planos de saúde médico-hospitalares chegou a 86% em 2021. Esse é o maior percentual registrado desde 2001, quando o índice começou a ser divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A Federação lembra que a sinistralidade é um dos mais importantes indicadores da saúde suplementar, pois mostra a relação entre receita das operadoras/seguradoras frente aos pagamentos (exames, consultas, internações, medicamentos e cirurgias).
Assim, na prática, a cada R$ 100 reais dos custos das operadoras de saúde em 2021, R$ 86 foram destinados ao pagamento de despesas assistenciais. Os dados foram divulgados na semana passada pela ANS.
Os planos exclusivamente odontológicos também apresentaram alta no último ano, chegando a 41% de sinistralidade em 2021. Com isso, o segmento registrou elevação de 3% na sinistralidade em 12 meses.