Pesquisa realizada pela UNIDAS
aponta também que 92% aprovam o serviço
Em junho, a UNIDAS – Autogestão em
Saúde – realizou levantamento inédito entre os usuários das
operadoras dos planos de autogestão de todo o país para avaliar o
uso dos serviços de telemedicina/telessaúde durante o período de
isolamento social. Segundo o estudo, 81% dos beneficiários fariam
uso de telemedicina após o fim da quarentena e o serviço recebeu
92% de aprovação.
A pesquisa também revela que 36%
dos participantes recorreram ao atendimento por vídeo para
consultas de clínica geral. Em segundo lugar, ficaram as consultas
relacionadas ao coronavírus (Covid-19), representando 26,5%, e, em
terceiro, consultas com especialistas (21,7%).
Para o presidente da UNIDAS,
Anderson Mendes, o resultado comprova que a oferta e a utilização
deste tipo de serviço vieram para ficar, e defende sua
regulamentação para que continue presente no pós-pandemia. “É
preciso debater as melhores formas de aplicação e os tipos de
serviços que poderão ser ofertados para mantermos, e até
ampliarmos, a telemedicina. Afinal, de que adianta colocar tudo
isto em operação se, futuramente, teremos de voltar atrás?”,
questiona.
O estudo aponta ainda que 88% dos
respondentes usariam a telemedicina se fosse preciso,
principalmente para casos mais simples (49%). Em abril, a UNIDAS
disponibilizou uma ferramenta gratuita de telessaúde para mais de 4
milhões de beneficiários das autogestões e, atualmente, 1,5 milhão
de pessoas já utilizam a plataforma. “Os números mostram que esta
atividade já faz parte da realidade da população e, mais do que
nunca, é preciso discutir sua regulamentação para o pós-pandemia”,
reforça Mendes.
De acordo com o presidente da
UNIDAS, no atual cenário, essas práticas já estão incorporadas,
permitindo a continuidade de tratamentos e de atenção à saúde das
pessoas, sem a necessidade de sair de casa. “Não podemos perder a
oportunidade de colocar o assunto em pauta nacionalmente. Não só
como solução temporária, mas, sim, como solução efetiva, utilizando
a tecnologia a nosso favor, e aprimorando os serviços de
telessaúde, para que beneficiem a todos: pacientes, profissionais
de saúde e empresas”.
O levantamento foi respondido por
mulheres (51,7%) e homens (47,9%), a maior parte acima de 54 anos
(58,7%). A maior participação foi da região Norte do país (44,8%),
seguida pelo Sudeste (21,7%) e pelo Nordeste (21%).