O setor exclusivamente
odontológico teve queda de 560 mil beneficiários em três
meses
Cai o número de beneficiários de
planos de saúde em todo o País. O total de vínculos de planos
médico-hospitalares registrou baixa de 0,3% no período de 12 meses
encerrado em maio deste ano. Os números integram a Nota de
Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de
Saúde Suplementar (IESS). No total, o segmento volta a ficar abaixo
dos 47 milhões de beneficiários, alcançado no último ano após
sucessivas perdas.
“No comparativo de 12 meses, o
setor perdeu pouco mais de 124 mil beneficiários. No entanto, só
entre os meses de abril e maio, houve queda de 283 mil vínculos. O
que acende uma luz de alerta para o setor”, aponta José Cechin,
superintendente executivo do IESS. “Esses dados refletem a queda da
atividade econômica causada pela forte crise na saúde, provocada
pelo novo Coronavírus. Claro que os números preocupam, mas é
importante ressaltar, entretanto, que podem sofrer modificações
retroativas em função das complementações e revisões efetuadas
pelas operadoras”, pondera.
Apesar de o setor estar fortemente
relacionado com o mercado de emprego, no período analisado, a perda
de beneficiários foi impulsionada pela queda dos planos
individuais. Em maio desse ano, a modalidade de contratação tinha
8,95 milhões de clientes. No mesmo mês em 2019 foi registrado 9,04
milhões, ou seja, 53 mil vidas a menos. Entre os coletivos
empresariais, o número de beneficiários caiu para 31,6 milhões, o
que representa 61 mil vínculos a menos na comparação anual. A única
modalidade com crescimento foi de coletivos por adesão. Os 38 mil
novos vínculos representam alta de 0,6% na variação de 12
meses.
O boletim do IESS mostra, ainda,
que o mês de maio foi marcado pelo menor número de adesões aos
planos médico-hospitalares dos últimos doze meses. “Se no início da
pandemia vimos subir levemente a contratação de planos, agora o
brasileiro deixou de contratar, seja em função das milhares de
vagas de trabalho congeladas, pelo risco do desemprego ou perda de
poder aquisitivo”, analisa Cechin. Em maio, o total de novas
adesões ficou abaixo de 700 mil, muito inferior à média de 1,2
milhão dos meses anteriores.
Acesse o boletim na íntegra
– http://bit.ly/NAB_IESS
Planos exclusivamente
odontológicos
Mesmo sendo um contraponto aos planos médico-hospitalares com forte
ritmo de crescimento no total de beneficiários nos últimos anos, o
setor de exclusivamente odontológicos também sente os impactos do
cenário atual. Essa é a segunda queda consecutiva na variação
trimestral, de 2,2%. O que significa que esse tipo de plano perdeu
mais de 560 mil vínculos entre fevereiro e maio desse ano.
A maior queda também foi registrada
entre aqueles da modalidade individual ou familiar. No período de
12 meses, essa categoria registrou diminuição de 6,3%, o que
equivale a 270 mil beneficiários.
Vale lembrar, contudo, que na
variação anual, o setor continua com mais beneficiários agora do
que há doze meses. A alta de 4% equivale a cerca de 980 mil novos
contratos desse tipo.