BELO
HORIZONTE - Um dos maiores desafios hoje para a
sustentabilidade dos sistemas privados de saúde no mundo é o
crescente aumento das despesas médico-hospitalares. No Brasil, os
custos sobem em média 3,4 vezes acima da inflação, como demonstrou
o presidente da FenaSaúde, João Alceu Moroso Lima, em seminário
realizado no dia 18 de outubro pelo Clube de Seguros de Pessoas de
Minas Gerais (CSP-MG).
O número de pessoas que deixaram de
ter um plano de saúde no País também é preocupante. Segundo dados
da Federação, nos últimos cinco anos, cerca de 3,5 milhões de
beneficiários saíram do mercado privado, em função da queda da
renda e do desemprego, o que também sobrecarrega o sistema
público.
Para buscar o equilíbrio das
contas, o presidente da FenaSaúde avalia que é preciso maior
investimento em programas de atenção primária à saúde, mudanças no
modelo de remuneração de prestadores de serviço, racionalização de
despesas e combate aos desperdícios.
Amoroso Lima também defende o
acesso de mais usuários ao sistema por meio da oferta de novos
produtos. "Por que não criar planos segmentados, com coberturas
mais simplificadas, que se adaptem à capacidade de renda das
pessoas?", questiona.
Após a palestra do presidente da
FenaSaúde, executivos das beneméritas do CSP-MG, que atuam na área,
participaram de mesa-redonda mediada pelo diretor do Clube,
Mauricio Tadeu Barros Morais, que contou ainda com a presença do
diretor da Abramge, Felipe Rossi.
O presidente do CSP-MG, João Paulo
Moreira de Mello, reforçou que a missão da entidade é promover o
debate sobre temas relevantes do mercado de seguros de pessoas.
"Nesta oportunidade, contamos com o presidente da FenaSaúde que nos
apresentou a situação atual e os principais desafios a serem
superados pelo setor. O objetivo do evento foi alcançado, já que
tivemos a expressiva participação do público, em sua maioria
corretores, representantes de seguradoras e operadoras, além de
autoridades da área", avaliou.