O Banco do Brasil e a seguradora
espanhola Mapfre correm contra o tempo para finalizar os detalhes
da revisão da parceria que possuem em seguros. O objetivo é
concluir tudo antes do dia 7 de maio, quando o presidente global da
companhia, Antonio Huertas, tem visita de rotina agendada ao País.
Muitos detalhes ficaram para a fase final, tais como as comissões
pagas ao braço de distribuição do banco, a BB Corretora – que devem
ser maiores -, e também as estruturas de pessoal e física. Se
conseguirem alinhar todos os pontos a tempo, BB e Mapfre vão
cumprir o prazo de 90 dias cravado para a conclusão da proposta
vinculante para um novo acordo societário, anunciado em fevereiro
último.
Vale lembrar
No futuro desenho da parceria, a Mapfre recompra os ramos de seguro
de automóvel e grandes riscos. Assim, a espanhola e o BB ficarão
sócios apenas nas áreas de seguro rural, vida e habitacional na
rede de agências do banco e ainda em massificados (affinity). Os
canais que não são as agências bancárias, mais precisamente a venda
via corretores de seguros, também retornam para a Mapfre.
Dança das cadeiras
Enquanto isso, a espanhola segue trocando executivos de sua
operação no Brasil. A saída mais recente foi a do diretor de
resseguros, Fernando Zamboin, há cinco anos no cargo. Já para a
diretoria de Recursos Humanos, que segue vaga, há a expectativa de
que mais um expatriado assuma o cargo após a conclusão do acordo
com o BB. Desde que começou a renegociar com o sócio, a Mapfre fez
um rearranjo que culminou na troca de profissionais de décadas de
companhia por espanhóis e expatriados. Procurado, o Grupo BB Mapfre
confirmou a saída de Zamboin e justificou como um processo de
sucessão de líderes, baseado em critérios técnicos. Sobre a
conclusão do novo acordo, BB Seguridade e Mapfre não
comentaram.