Nos dias 10 e 11 de abril, foi
realizado, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense, o
7º Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro. Esta edição bateu o
recorde de participantes, ultrapassando a casa dos 700, entre
autoridades, profissionais do seguro e resseguro, acadêmicos e
jornalistas.
Promovido pela Federação Nacional das Empresas de Resseguros
(Fenaber) com apoio da Escola Nacional de Seguros e da CNseg, o
evento colocou em pauta temas como as recentes alterações
regulatórias, seguro agrícola, insurtechs e a competitividade no
setor.
O presidente da Escola, Robert Bittar, participou da cerimônia de
abertura e destacou a importância do setor de resseguros, que
funciona como sustentáculo da indústria de seguros e precisa ser
compreendido por toda a sociedade. “Começamos a ver o Brasil como
exportador de resseguro, segmento fundamental para o
desenvolvimento econômico e social”.
Bittar ressaltou ainda que a Escola promove regularmente ações em
prol da capacitação dos profissionais de resseguro. “Trabalhamos
para fomentar o desenvolvimento continuado desse mercado”,
concluiu.
O anfitrião do evento e presidente da Fenaber, Paulo Pereira,
parabenizou a Susep pela criação da Comissão Especial de Trabalho
sobre Resseguro, que será fundamental para desenvolver o segmento.
“Em um curto espaço de tempo a iniciativa acabou com a reserva de
mercado e flexibilizou a retenção obrigatória de 50% para as
seguradoras, permanecendo apenas com a preferência”.
País precisa de políticas sociais e econômicas inclusivas
Joaquim Mendanha, superintendente da Susep, destacou que a
Comissão, criada no fim de 2017 com a participação do setor, gerou
importantes decisões. “A principal mudança foi a Resolução CNSP
353, em vigor desde janeiro deste ano e que consagrou a efetiva
abertura desse mercado”.
Já o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, ressaltou a resiliência
do setor de seguros mesmo em meio às crises econômicas. “Isso se
deve à maturidade alcançada pela sociedade, que viu no seguro um
fundamental elemento de proteção em tempos difíceis”.
Após a cerimônia, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Luís Roberto Barroso, palestrou sobre o atual cenário jurídico e
institucional brasileiro. Barroso falou sobre a necessidade de se
promover políticas sociais e econômicas mais inclusivas.
Segundo o ministro, este é um momento de refundação das bases
éticas e de enfrentamento à corrupção no País. “Já percebemos a
mudança na percepção da sociedade em relação às consequências da
corrupção, inclusive nas empresas, que estão criando novas
estruturas de compliance”, ressaltou.
Também participaram da mesa de abertura o presidente da Associação
Brasileira das Empresas de Corretagem de Resseguros (Abecor),
Roberto Azevedo, e o presidente adjunto da Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS), Leandro Fonseca.