Os corretores de seguros presentes na
primeira audiência pública sobre o PL 3139/15, realizada no
plenário da Câmara no dia 31/10, foram desrespeitados pelo
presidente da Força Associativa Nacional (FAN), Cauby Morais, que
acusou a categoria de tornar o seguro mais caro e inacessível para
boa parte da população. “Hoje, uma apólice de seguro nasce com 25%
de comissão, podendo chegar a 30%. Talvez seja esse o combustível
que os trouxe aqui”, ironizou Morais, para quem o corretor pode ser
o “entrave” que impede a redução do preço do seguro no Brasil. Sem
medir palavras e adotando uma postura agressiva, o presidente da
FAN disse ainda que a categoria “deveria se repensar”.
Demonstrando muita irritação com as
camisetas que classificavam a proteção veicular como “seguro
pirata”, Cauby Morais enfatizou que esse segmento surgiu porque
“estava faltando alguma coisa no mercado de seguros” e ainda tentou
atrair a simpatia dos corretores para a sua causa, sugerindo que a
categoria proponha ao Legislativo que encontre uma “solução
popular” que interesse ao corretor distribuir. “É preciso buscar
solução para quem não tem acesso ao seguro. Como ocorreu com as
cooperativas de crédito e os consórcios, que surgiram porque não
havia crédito disponível para a população”, observou.