Voltou a avançar no Congresso, após um
ano “parado”, o projeto de lei que altera o Código Civil para
permitir aos transportadores de pessoas ou cargas organizarem-se em
associação de direitos e obrigações recíprocas para criar fundo
próprio, desde que seus recursos sejam destinados exclusivamente à
prevenção e reparação de danos ocasionados aos seus veículos por
furto, acidente, incêndio, entre outros. Na prática, a proposta
regulamenta a chamada “proteção veicular”.
Nesta terça-feira (15/08), o deputado
Covatti Filho (PP-RS) foi designado relator da proposta, na
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, passo
decisivo para o projeto retomar seu fôlego e avançar até o
plenário.
Segundo o autor do projeto, deputado
Diego Andrade (PSD/MG), os motoristas de caminhão começaram com
essas iniciativas devido à dificuldade para conseguir seguro para
veículos de carga no mercado. “As seguradoras se recusam a segurar
veículos com mais de 15 anos de uso e, quando o fazem, cobram
valores impossíveis de serem pagos pelos motoristas autônomos”,
frisou.
Ele destacou ainda que os
caminhoneiros já constituem essas associações, em um sistema de
autogestão e rateio dos custos. “Assim, por meio da ajuda mútua,
garantem proteção do patrimônio de todos, mas essas organizações
oferecem outras vantagens, como rastreamento e monitoramento,
descontos em acessórios, equipamentos e combustível”, argumentou o
parlamentar, ao justificar a proposta.