A diretoria da Santa Casa de Marília constatou que, em 2010, dos
atendimentos realizados no hospital mariliense, 71% deles foram
realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), percentual acima da
previsão estatutária. Segundo a instituição, o SUS
influência, e muito, nos resultados financeiros e econômicos da
entidade
De acordo com a Santa Casa tem sido divulgado pelas
entidades filantrópicas e, muitas vezes reconhecido pelos gestores
públicos de saúde, que o SUS remunera entre 40% a 60% em média dos
custos dos procedimentos, dependendo de seu mix. E informa que
segundo as Demonstrações Contábeis de 2010, na Santa Casa de
Marília, a diferença do efetivo custo dos procedimentos e os
valores pagos pelo SUS, foi de R$ 8.061.504,29, já descontadas as
subvenções para custeio.
Como as únicas fontes de receitas da Santa Casa são oriundas da
própria remuneração dos serviços prestados à comunidade através do
SUS, outros convênios e particulares, bem como das doações e
contribuições da comunidade, chega-se a conclusão de que, por um
lado, é preciso ser ainda mais eficiente no desenvolvimento das
atividades, otimizando ao máximo os recursos disponíveis e
ampliando o apoio da comunidade para cobrir este déficit.
A entidade informa que eventos como os Leilões, a Nota Fiscal
Paulista e o Mc Dia Feliz entre outros, contribuem muito na geração
de recursos
Por outro lado, a Santa Casa acredita que é preciso aumentar a
participação dos gestores através de programas permanentes de
subsídios aos hospitais filantrópicos, por meio de programas como o
Pró-Santas Casas, do Governo Estadual e com parceria do Governo
Municipal.
Segundo o hospital, seu grande desafio é que a contra partida do
Estado seja integralmente utilizada para reduzir o déficit do
SUS.
Apesar de todos esses desafios, a
Santa Casa de Marília alcançou pelo terceiro ano consecutivo
superávit em seu balanço, ainda que menor do que os anos
anteriores. Para a administração do hospital foi o melhor resultado
operacional dos últimos anos.